O tenista Andy Murray, 27, está contabilizando o prejuízo por ter apoiado abertamente a campanha pelo “sim” à independência da Escócia em relação à Grã-Bretanha. O plebiscito que aconteceu na última quinta-feira deu vitória ao “não”, com uma vantagem folgada de 55,3% a 44,7%. Além da derrota nas urnas, o campeão olímpico de simples nos Jogos de Londres-2012, também amarga boicote a seus negócios.
Murray abriu, no ano passado, o hotel de luxo Cromlix House, um cinco estrelas de Stirling, no centro da Escócia, próximo a Dunblane, cidade onde o tenista passou a infância. A cidade medieval de Stirling, de cerca de 34.000 habitantes, tem como principal atração o Castelo de Stirling, um dos mais visitados da Escócia, construído nos séculos XV e XVI.
Além do ouro olímpico, Murray se tornou ainda mais popular no Reino Unido em 2013, quando se tornou o primeiro britânico, em 77 anos, a vencer o torneio de simples de Wimbledon.
Partidários do “não” estão fazendo campanha nas redes sociais para que ninguém se hospede no local, que recebeu premiação como “hotel da nação” em 2013, devido às suas instalações luxuosas, poucos meses antes de abrir as portas.
E não parou por aí. A Agência de Segurança Alimentar do Reino Unido notificou o hotel de Murray horas antes do início do referendo alegando que o local não se ajustava às normas sanitárias do país. Para muitos, isso foi apenas uma retaliação pelo fato de o tenista abertamente ter participado da campanha favorável à independência.