Após 18 meses, agência IMX é colocada à venda

Eike Batista quer retornar investimento feito na agência

Eike Batista quer retornar investimento feito na agência

Em novembro de 2011, um comunicado à imprensa anunciou a ambiciosa parceria entre o grupo IMG e o empresário Eike Batista, então homem mais rico do Brasil, para a criação de uma agência de marketing esportivo. Um mês depois, a IMX anunciou a compra da Brasil 1 e o início das operações no Brasil.

Cerca de 18 meses depois, IMG e Eike procuram alguém disposto a comprar a agência. Desde o anúncio da criação da empresa, o negócio cresceu. No esporte, a principal propriedade da agência é ser sócia de 5% do consórcio que vai gerenciar o estádio do Maracanã. Além disso, entre outras propriedades menores a agência é detentora dos direitos de organização do Rio Open, primeiro torneio ATP 500 previsto para acontecer no ano que vem no Rio de Janeiro. Fora do esporte, o grande negócio anunciado foi a compra de 50% do Cirque du Soleil, em 2012.

A venda da IMX não é confirmada oficialmente, mas segundo pessoas ligadas às duas empresas, os planos para que a agência seja vendida já existem desde o final de 2012 e atendem aos anseios das duas companhias. 

Para a IMG, a venda do braço brasileiro faz parte do processo de venda do próprio grupo. Desde 2011, quando morreu Teddy Forstmann, então dono do grupo, que a IMG procura um fundo de investimento disposto a investir entre US$ 2,5 e US$ 3 bilhões para ficar com a empresa. Em 2008, Frostmann chegou a receber uma proposta de US$ 1,5 bilhão para vender a IMG, mas recusou o negócio por considerá-lo baixo (em 2004 ele comprou a agência por US$ 700 milhões).

Para Eike Batista, a negociação da agência ajudaria a estancar a perda de dinheiro com seus negócios. Com apenas 18 meses de existência, até agora a IMX só representou despesas para seus sócios. A venda ajudaria o empresário a recuperar o investimento feito na aquisição da Brasil 1 e também do Cirque du Soleil.

A decisão tomada pela venda da IMX representa mais um duro golpe para o mercado esportivo brasileiro, que desde 2009, quando o Rio de Janeiro foi eleito sede dos Jogos Olímpicos de 2016, assistiu a um salto no número de agências especializadas no segmento. 

Desde então, a Geo Eventos, das Organizações Globo, abandonou o braço esportivo, e agora a IMX deixa claro que está longe de conseguir os resultados esperados.

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