Após 2 anos sem Eletrobras, basquete mira novo patrocínio estatal

Tiago Splitter durante o Mundial da Espanha, em setembro

A CBB (Confederação Brasileira de Basquete) está de olho em voltar a ter um patrocínio estatal a partir de 2015. A entidade, que recolocou a seleção masculina para a disputa da Olimpíada em Londres-2012, após ausência de 16 anos, está sem apoio de uma empresa pública desde então. Com o fim dos Jogos, a confederação viu encerrada a parceria que mantinha com a Eletrobras desde 2005.

“Estamos em conversas sobre a possibilidade de retomada de um patrocínio estatal. Esperamos que o governo designe uma estatal para um novo projeto conjunto”, afirmou Carlos Nunes, presidente da CBB.

O dirigente espera o fim dos feriados de final do ano para retomar as conversas com o ministério em 2015. Nesse caminho, outro empecilho pode ser a transição para o segundo governo da presidente Dilma Roussef, com uma possível troca do ministro do Esporte ou de integrantes de cargos importantes da pasta. De qualquer forma, o dirigente mantém conversas com vários interlocutores do governo. Na sexta-feira passada, Nunes foi a Brasília se encontrar com o deputado federal Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT-AL), para mostrar projetos desenvolvidos pela confederação e o planejamento até os Jogos de 2016.

Para Ricardo Leyser, secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, é necessário o retorno de investimentos de empresas estatais no basquete, pensando na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016.

“Uma das possibilidades seriam os bancos estatais [Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal], que já apoiam outras modalidades. Mas não teria sentido porque a CBB possui contrato com o Bradesco. E o governo considera positivo que as empresas privadas também apoiem o esporte e incentiva para que mais companhias patrocinem as modalidades olímpicas”, afirmou Leyser.

Independentemente do acerto com algum patrocinador estatal, a CBB planeja manter os técnicos das seleções masculina (Ruben Magnano) e feminina (Luiz Augusto Zanon) até os Jogos do Rio-2016. O argentino, campeão olímpico em Atenas-2004, tem contrato até 2017 para dirigir o Brasil. “Ele fica até o fim do meu mandato”, afirma Nunes, que afirma pretender deixar o cargo na próxima eleição.

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