Após 3 meses, Marco Polo Del Nero reassume CBF

Del Nero, em entrevista coletiva na sede da CBF

Após três mesas afastado do cargo “por motivos de ordem pessoal”, Marco Polo Del Nero está de volta à presidência da CBF. O dirigente reassumiu na última quinta-feira (dia 5) e nesta segunda-feira (dia 11) reuniu-se com os vice-presidentes da entidade. A volta do dirigente foi confirmada à Máquina do Esporte pelo departamento de comunicação da CBF.

Segundo o estatuto da confederação, Del Nero poderia reassumir em qualquer momento antes do final de sua licença, que era de cinco meses. O dirigente retomou às atividades três meses após deixar a entidade. Com isso, o coronel Antônio Nunes, aliado de Del Nero, que ocupava a presidência interinamente, voltou ao cargo de vice da região Sudeste.

Del Nero se afastou pela primeira vez entre dezembro de 2015 e janeiro deste ano. Nesse período, o vice Marcos Vicente assumiu. No entanto, o dirigente mostrou uma certa independência, o que desagradou a Del Nero.

O descontentamento fez o dirigente promover um retorno relâmpago só para eleger o coronel Nunes como vice da região Sudeste. Com isso, colocou o fiel escudeiro como presidente interino.

No período fora da CBF, Del Nero cuidaria de sua defesa das acusações de corrupção feitas pelo Comitê de Ética da Fifa. Em março, o presidente da federação internacional, Gianni Infantino, entregou documentos à Justiça dos EUA cobrando a devolução de US$ 190 milhões desviados da entidade. Nessa conta, Del Nero, ex-membro do Comitê Executivo da Fifa, teria que pagar cerca de R$ 6,3 milhões.

A iniciativa levou a CBF a soltar nota chamando a atitude de “ato político”. “Até hoje não foi notificada nenhuma acusação a ele [Del Nero], em procedimento judicial instaurado no exterior”, afirmou a confederação.

Mesmo oficialmente fora do cargo, Del Nero permaneceu como “eminência parda” na administração da CBF. Ele chegou inclusive a cobrar melhores resultados do técnico Dunga, da seleção brasileira.

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