Há um ano, o primeiro dia de atualização do site da Máquina do Esporte trazia como destaque a notícia: “Viton 44 salva cariocas de cenário difícil de patrocínios”.
Um ano depois, a manchete é exatamente a oposta. Neville Proá, dono da empresa de bebidas, decidiu abandonar o país e vai deixar Flamengo, Fluminense e Vasco sem patrocínio em 2016.
A decisão afeta principalmente o Fluminense, que tinha na marca Matte Viton seu principal patrocinador de camisa. No Flamengo, a Guaraviton estava nas costas do uniforme, enquanto no Vasco a manga da camisa era ocupada pela empresa de bebidas carioca.
Em entrevista ao portal UOL, o dono da Viton afirmou que deixará o país para morar nos Estados Unidos. Ex-militar e crítico ferrenho do governo, o executivo diz que fechará as fábricas no país e apostará no negócio nos EUA.
“Vou para Miami. Até este início de janeiro já vendo tudo [no Brasil] e parto para lá. Tchau e benção. Estamos f… aqui. Adoro o Rio e o Brasil, mas preciso pensar na minha família”, afirmou Proá.
No mercado, o patrocínio aos três times do Rio era visto como uma tentativa derradeira de Proá vender a Viton para marcas líderes do segmento de bebidas, como Ambev e Coca-Cola. Sem ter compradores, Proá decidiu ir morar no exterior e, assim, fez com que acabasse o patrocínio que ajudou a manter o trio carioca na Série A do Brasileirão.
Com a saída da Viton, o Flamengo tenta ampliar o vínculo com a Jeep, enquanto o Fluminense negocia com a Caixa para assumir o patrocínio máster. O Vasco, de volta à Segunda Divisão, deverá ter dificuldades na substituição.
Com a saída da Viton, também reduz o número de marcas na Série A do Brasileiro em 2016. A Caixa segue como maior patrocinadora, com ao menos sete clubes apoiados.