Após Arsenal, Federação Internacional de Handebol rescinde com MP&Silva

A agência internacional de direitos de transmissão MP&Silva sofreu mais um duro golpe nesta segunda-feira (20). A empresa teve mais um contrato rescindido, dessa vez pela Federação Internacional de Handebol (IHF, na sigla em inglês). No site da IHF, a entidade justifica o término abrupto por conta de “dificuldades financeiras” da agência.

De acordo com o site, aliás, a IHF não só rescindiu com a MP&Silva como também já conseguiu outra agência para realizar o trabalho de vender os direitos globais de mídia de seus campeonatos mundiais. A nova parceira é a Lagardère Sports.

Foto: Reprodução / Twitter (@ihf_info)

Uma das coisas que mais chama atenção na rescisão é que o contrato entre MP&Silva e Federação Internacional de Handebol havia sido assinado em fevereiro, ou seja, durou apenas seis meses. À época, a IHF cedeu à agência os direitos para os campeonatos mundiais de handebol masculino e feminino de 2019 a 2025 em uma transação de cerca de 150 milhões de euros.

Durante esse período, serão disputadas quatro edições do torneio masculino e outras quatro do torneio feminino, já que o Mundial de Handebol ocorre de dois em dois anos, sempre nos anos ímpares.

A rescisão é a segunda que precisa ser enfrentada pela MP&Silva em menos de uma semana. Na última sexta-feira (17), o Arsenal tomou a mesma atitude e ainda deixou claro que a decisão tinha “efeito imediato”.

A situação da agência vem se complicando bastante nos últimos meses. No final de julho, a Lega Serie A, que faz a gestão da primeira divisão do futebol italiano, entrou na justiça contra a MP&Silva por direitos não pagos no valor total de 38 milhões de euros (cerca de R$ 160 milhões). Ao mesmo tempo, a Scottish Professional Football League (SPFL), liga profissional de futebol da Escócia, também cortou os laços com a agência.

A Máquina do Esporte explicou, também no final do mês passado, o que está acontecendo. A MP&Silva tem, entre seus donos, duas companhias chinesas. Ambas reduziram drasticamente o aporte feito à agência, que não pagou parte do que devia pela aquisição de direitos de transmissão da Premier League inglesa na Ásia e, também, de um torneio de handebol para a Federação Europeia da modalidade, o que abriu caminho para os outros calotes.

Pelos lados da América do Sul, quem se encontra em estado de alerta é a Conmebol. Em março, a entidade anunciou a agência como detentora dos direitos comerciais da Copa América de 2019, que será disputada no Brasil. Por uma quantia não revelada, a MP&Silva é quem vai coordenar a competição.

Sair da versão mobile