Após caso em jogo, Atlético-MG usa ídolos em combate ao racismo

No último dia 10 de novembro, após o empate sem gols entre Atlético-MG e Cruzeiro no Mineirão, em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro, o foco se virou para a arquibancada. Além de pancadaria, o pós-jogo ainda ficou marcado por torcedores flagrados ofendendo, com insultos racistas, o segurança Fábio Coutinho, que trabalhava na partida.

Agora, dez dias depois, o Atlético-MG decidiu usar o 20 de novembro, data em que se comemora o Dia da Consciência Negra no Brasil, para promover uma campanha nas redes sociais em que condena de forma veemente o racismo.

LEIA MAIS: São Paulo lembra casos passados em luta contra racismo

Batizada de “#DoPretoEdoBranco: o racismo é o oposto da identidade Atleticana”, a iniciativa do clube mineiro defende a igualdade em todas as áreas, especialmente no futebol. No vídeo publicado nas redes sociais, são lembrados craques negros da história do clube que marcaram gols históricos com a camisa do Atlético. A lista tem nomes como Reinaldo, Dadá Maravilha, Léo Silva, Jô e Ronaldinho Gaúcho.

Foto: Reprodução / YouTube (TV Galo)

“Eu sou isso. Sou negro, índio, branco, eu sou pardo. Sou brasileiro e atleticano”, declara Reinaldo, um dos maiores ídolos da história do clube e que também é ativista do movimento negro.

O vídeo ainda conta com a participação de torcedores e termina de maneira enfática: “O racismo é o oposto da identidade atleticana. Aqui é Galo! Não aceitamos nenhum tipo de preconceito”.

Vale lembrar que o clube expulsou de seu quadro de sócios-torcedores os irmãos Adrierre Siqueira da Silva, de 37 anos, e Natan Siqueira Silva, de 28, acusados do crime de injúria racial contra o segurança Fábio Coutinho no duelo contra o Cruzeiro.

Assista abaixo ao vídeo produzido pelo Atlético-MG:

Sair da versão mobile