Após confusão em Boca x River, Bridgestone apoia campanha da Cruz Vermelha por paz nos estádios

Cartaz da campanha “Estádios Amigáveis”, da Cruz Vermelha

Duas semanas depois dos incidentes que culminaram com a interrupção do clássico Boca x River Plate, pela Copa Bridgestone Libertadores, a unidade latino-americana da fabricante de pneus anunciou adesão à campanha “Estádios Amigáveis”, criada pela FICR (Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho).

A campanha, criada pela agência La Cancha, vis contribuir para sensibilizar o público para a violência gerada por torcedores de futebol no continente. A iniciativa tenta transformar o ambiente dos estádios em local amigável e sem violência destinado apenas ao público desfrutar o espetáculo do futebol.

A empresa encampou a proposta anunciando campanhas nas redes sociais da empresa, além de ações a serem anunciadas. Todas as subsidiárias da Bridgestone irão participar da iniciativa com mensagens de sensibilização para o público.

“Na Bridgestone, apostamos no futebol por sua solidez e por exaltar valores de trabalho em equipe, confiança, orgulho e paixão. É por isso que temos o prazer de estabelecer essa parceria com a organização humanitária de renome mundial [FICR] e juntos promover a cultura da não-violência e da concorrência saudável aproveitando nossas diversas atividades e canais relacionados ao futebol”, afirmou Alfonso Zendejas, vice-presidente de operações da Bridgestone América Latina.

Dona do title sponsor da Copa Libertadores, a multinacional japonesa viu arranhada a imagem do torneio quando um torcedor do Boca jogou gás tóxico em alguns jogadores do River Plate que retornavam ao campo para o segundo tempo do jogo no estádio La Bombonera.  

A Argentina, local do incidente que eliminou o Boca Juniors da Copa Libertadores, é um dos locais em que a campanha será desenvolvida pela Bridgestone. Os outros países são Brasil, Costa Rica, Colômbia, Equador, Guatemala, Uruguai e México.

Pelo acordo, cada país irá estabelecer parcerias com autoridades estaduais, entidades esportivas, empresas, mídia, técnicos, jogadores e torcida para enfrentar a violência relacionada ao futebol.

“A violência, em todas as suas formas, está em uma espiral de crescimento na região. Das 50 cidades mais violentas do mundo em 2014, 41 estão na América. O futebol é um excelente canal para promover uma cultura de paz que começa nos estádios e termina em cada rua, bairro, favela ou em todos os cantos de nossa região”, afirmou Xavier Castellanos, diretor para a América da FICR. 

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