A Copa do Mundo de 2010 serviu para popularizar muitas características da cultura da África do Sul. Um dos termos que ganharam reconhecimento na competição foi “Bafana bafana”, designação usada para a seleção local. No entanto, o país pode ser obrigado a abandonar essa marca nos próximos anos por causa de uma briga por direitos autorais.
O problema é que a marca “Bafana bafana” foi registrada por Stanton Woodrush, um empresário da África do Sul. Ele já conseguiu duas vitórias nos tribunais para impedir que a Associação Sul-Africana de Futebol (Safa, na sigla em inglês) use o apelido.
A batalha judicial pelo uso do termo começou em 1997. Em 2002, os tribunais negaram à Safa os direitos sobre o apelido da seleção. Atualmente, a entidade não possui poder para explorar comercialmente a designação.
Ainda assim, a Safa estima que produtos com o nome “Bafana bafana” e o próprio uso do nome geraram algo em torno de US$ 10 milhões durante a Copa do Mundo deste ano. Isso dá uma ideia de quanto a entidade está deixando de angariar por conta do bloqueio judicial.
“O nome dos Bafana bafana tornou-se público, e nós não podemos lutar com isso. Mas é algo que nos deixa muito preocupados, evidentemente”, disse Kirsten Nematandani, presidente da Safa, sobre a impossibilidade de usar comercialmente o apelido.
“Bafana bafana” é um termo do dialeto zulu que significa “Garotos garotos”. Na última semana, Nematandani admitiu que a impossibilidade de usar comercialmente o apelido pode até forçar a África do Sul a repensar o nome nos próximos meses.