O que as arenas da Copa estão fazendo para não ser ‘elefantes brancos’

Governos e federações de futebol de alguns estados que receberam a Copa do Mundo começam a tentar distanciar os estádios construídos da ideia de “elefante branco”, ainda que de forma muito pouco convincente. A construção de arenas em locais com clubes pouco populares, como Manaus e Cuiabá, sempre foi uma das principais críticas à Copa do Mundo no Brasil.

Na capital mato-grossense, a Federação de Futebol do estado anunciou que haverá rodada dupla para aumentar a presença do público. Na partida entre Cuiabá e Paysandu, pela Série C, mais de 14 mil pessoas estiveram presentes na Arena Pantanal, público celebrado pela entidade. Ainda assim, entre agosto e setembro, o clube da cidade terá que dividir espaço com o Luverdense, que colocou mais de 4 mil pessoas no estádio apenas quando enfrentou o Vasco, na própria Arena Pantanal.

Na Arena das Dunas, em Natal, ABC e América tem jogos agendados por contrato com a administração do estádio. Mas, com públicos abaixo dos 5 mil pagantes, a aposta está em eventos diversos. Além de apresentações musicais, a maior aposta neste ano está em um acordo da federação local com a CBF. O próximo jogo da seleção brasileira no Brasil, provavelmente em outubro, deverá ser no local.

Em Brasília, a grande aposta está em clubes convidados para a disputa do Campeonato Brasileiro. Segundo o Governo do Distrito Federal, não há risco de “elefante branco” porque já há seis jogos marcados no segundo semestre. Em Manaus, a ideia está no mesmo caminho. Pela Série B, o Oeste deve receber o Vasco no local. Desconsideram, claro, a necessidade de uma agenda realmente cheia para tornar os espaços sustentáveis.    

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