Grande parte do sucesso do álbum da Copa do Mundo se deve ao movimento em prol do produto dentro das redes sociais, principalmente o Twitter. As ferramentas ajudaram a divundir a febre que acontecia em volta da revista, que teve a edição brasileira como a mais vendida do mundo. A Panini, no entanto, permanece com ações tímidas no marketing digital.
O grande investimento da editora nesse segmento está no site Torcida Panini, que já existia durante a Copa do Mundo. Na página, torcedores se reúnem para participar de promoções, com o auxílio do Twitter. A ideia é criar uma rede social própria que interaja com as outras mais conhecidas. Não houve nenhuma modificação relevante em relação à campanha usada durante o Mundial.
Mesmo com o sucesso, esse não é o principal foco da Panini. A empresa lançará na próxima semana a sua campanha de sampling, que consiste na distribuição gratuita do álbum do Campeonato Brasileiro. Entre entregas nas ruas e em jornais, serão colocados 2 milhões de unidades nas mãos de potenciais consumidores. A empresa calcula que cerca de 500 mil pessoas entrem no negócio e passem a colecionar as figurinhas.
Paralelamente ao sampling, serão lançados anúncios em diversos veículos, entre rádio, televisão, internet e revista. A Panini fechou com a agência Dez Comunicação para criar a campanha “Completo Como o Sentimento da Torcida”, que visa a criação de um vínculo entre os torcedores de diversas idades com o hábito de colecionar os álbuns.
A aposta da Panini é que o meio digital tome suas ações de forma independente. Na apresentação do novo produto, o diretor comercial e marketing da empresa, Marcio Borges, disponibilizou parte do seu tempo fazendo uma entrevista a dois adolescentes, que gravavam para um blog. “Esse é o nosso marketing digital. A gente dá espaço e o pessoal dessa idade espalha a ideia”, afirmou Borges ao Máquina do Esporte, após receber elogios dos dois jovens colecionadores.