Vendida por seus executivos como um fundo de investimento e não agência de marketing, a Apollo Sports negocia novos acordos com os clubes.
Depois de garantir espaço nas costas da camisa do Corinthians por três temporadas ao valor de R$ 30 milhões, a empresa negocia propriedades da Arena do Grêmio, entre elas o naming right do estádio.
Diversificação – O interesse da Apollo não fica restrito a esses dois clubes. Há ainda conversas para outras propriedades em Flamengo e Internacional.
No clube carioca, a ideia é ter uma participação no Nação Rubro-Negra, programa de sócio-torcedor. Na visão da empresa, é possível conseguir um crescimento bem maior de associados no Flamengo, dono da maior torcida do Brasil. Atualmente, a equipe está em nono lugar no Torcedômetro, ranking que tabula os sócios-torcedores dos clubes, com 56 mil integrantes.
Diversidade – Já no Grêmio, no qual as conversas estão mais adiantadas, o objetivo é firmar um contrato de 20 anos. A partir desse acordo, a Apollo Sports venderia o direito de nome da arena ao mercado e, nesse caso, por períodos menores. Além disso, poderia explorar outras propriedades, como shows e eventos.
“Temos um interesse estratégico na Arena do Grêmio, além de diversos outros clubes. Nosso plano é oferecer uma série de possibilidades aos parceiros comerciais e remunerar a todos pelo negócio”, afirmou Michael Gruen, presidente da Apollo.
Na camisa – No Corinthians, no qual a parceria estreou no Derby contra o Palmeiras, há duas semanas, a Apollo Sports adquiriu bem mais do que o espaço nobre nas costas da camisa alvinegra.A primeira empresa a estampar seu logo no espaço foi o Café Bom Dia.
A empresa terá direito de uso de todos os canais digitais do clube para divulgar as empresas com quem firmar contrato. Isso inclui Facebook, Twitter, Instagram, YouTube e Google+. Somadas, essas redes possuem mais de 18 milhões de seguidores.
Cenário difícil – O desafio da Apollo é fazer com que o mercado se mostre disposto a negociar com a empresa e passar a se relacionar com os clubes de futebol. Atualmente, a gama de empresas investindo no esporte mais popular do país é cada vez menor. Dos 20 clubes da Série A do Brasileirão, 12 possuem acordo máster com a Caixa, dois deles com o Banrisul, apenas cinco têm um contrato com alguma empresa privada e um não tem patrocínio.
Para Gruen, o que aparentemente é uma dificuldade também pode ser encarado como uma oportunidade para a empresa conseguir faturar em cima de parcerias com outras marcas.