Depois de crise de imagem, CBV lança Portal de Gestão e Governança

O presidente da CBV, Walter Pitombo, o Toroca

A CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) lançou na última quarta-feira (dia 27), seu Portal de Gestão e Governança, ferramenta que busca dar mais transparência à entidade.

A ferramenta de acesso à informação divulga diversos dados e documentos, como resultados financeiros, as atas do Conselho Fiscal, do Conselho Diretor e do Comitê de Apoio. O mapa estratégico da CBV também foi disponibilizado através da ferramenta, assim como o estatuto da entidade, o organograma e o Código de Ética.

“Foi um trabalho duro, mas adotamos políticas e procedimentos de governança que tornaram nossa entidade mais transparente. O trabalho segue adiante, mas já avançamos com a execução de importantes medidas”, acredita Walter Pitombo Laranjeiras, o Toroca, presidente da CBV.

No novo portal, é possível também consultar as demonstrações financeiras, os balancetes e as auditorias pelas quais da CBV passou.

Além disso, pelo portal é possível a interação com agentes externos, através do cadastro de fornecedores e do registro de manifestações à Ouvidoria da entidade. “O objetivo da confederação é construir cada vez mais uma gestão transparente e democrática”, afirmou Ricardo Trade, o Baka, CEO da confederação.

A iniciativa acontece após a CBV ter passado pela maior crise de gestão de sua história. Em 2014, denúncia da ESPN apontava repasse de verbas a empresas ligadas a ex-funcionários da entidade, supostamente por comissionamento de contrato de patrocínio. No mesmo mês, Ary Graça Filho, que comanda a FIVB (Federação Internacional de Vôlei), deixou a presidência da CBV, cargo do qual havia pedido renúncia meses antes, sendo sucedido por Toroca.

Uma auditoria externa foi contratada. Na época, a confederação divulgou que os contratos, que iriam até o ano que vem, foram rescindidos.

O caso também foi investigado pela CGU (Controladoria-Geral da União), que recomendou a suspensão do patrocínio do Banco do Brasil à entidade. O banco estatal, parceiro desde 1991, deixou de pagar à CBV por cerca de seis meses. Em junho de 2015, os pagamentos voltaram a acontecer pois, segundo o banco, a CBV havia cumprido as orientações da CGU. 

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