A Copa Sul-Americana, segunda maior competição do continente, se transformou no exemplo mais bem acabado da crise que atravessa a Conmebol, entidade que comanda o futebol sul-americano.
Esvaziada pela TV no principal mercado da região, o Brasil, a Copa, que chegou a amealhar US$ 29 milhões em publicidade, hoje convive com a falta de patrocinadores, como mostra a foto do jogo entre Independiente Santa Fé e Emelec, na última terça-feira.
O ocaso da Sul-Americana é um dos maiores desafios que a Conmebol tem pela frente, junto com a grave crise de imagem que a entidade atravessa desde a prisão de ex-dirigentes, em 27 de maio.
Atualmente, a competição não rende nada aos cofres da entidade. Mas, até o ano passado, cerca de US$ 25 milhões eram arrecadados com o torneio. Uma disputa sobre os direitos comerciais do torneio fez com que a Conmebol perdesse os acordos que tinha.
Neste ano, para piorar, uma auditoria nos cofres da entidade mostrou que os clubes recebiam pouco mais da metade do que a Conmebol ganhava com o torneio em premiação. A divulgação desses números ampliou a crise, que foi agravada pelo surgimento da proposta de criar uma Liga dos Campeões das Américas, que envolveria times dos EUA e México.
“Nós temos duas competições. A Libertadores e a Sul-Americana. Devemos ter cuidado que outro torneio não as afete”, disse em entrevista à Fox Sports americana Juan Angel Napout, presidente da entidade sul-americana.
De acordo com o dirigente, o objetivo da entidade é fortalecer ainda mais as competições. Na semana passada, a Conmebol já anunciou que aumentará a verba distribuída aos clubes.
“A Libertadores é insubstituível. Seguiremos trabalhando para melhorar nossos torneios”, reforçou Napout na entrevista à Fox.
De qualquer forma, a Conmebol já sonda o mercado para repassar os direitos de comercialização dos seus dois torneios para 2016.