A seguradora espanhola Mútua Madrileña anunciou nesta quinta-feira que rompeu o contrato com a Renault na Fórmula 1. A decisão, segundo comunicado divulgado pela empresa, foi tomada após o esc”ndalo que culminou com a expulsão de Flávio Briatore do esporte pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) no início da semana. Na nota, a Mútua disse que por ter como atividade principal o seguro de automóveis, promove a ?segurança no tr”nsito e o cumprimento das normas?. Dessa forma, não poderia manter o vínculo com a escuderia francesa, que forjou um acidente com Nelsinho Piquet para favorecer Fernando Alonso no Grande Prêmio de Cingapura em 2008. A empresa, no entanto, esclareceu que o rompimento com a Renault não afeta o piloto espanhol,absolvido pela FIA no caso, com quem também mantém um acordo de patrocínio. “A conduta de pessoas relevantes da equipe foi de gravidade extraordinária e comprometeu não só a integridade do esporte, mas colocou em perigo toda a integridade física de espectadores, pilotos e pessoas do circuito, e tudo isso pode afetar a imagem, reputação e bom nome dos patrocinadores da escuderia”, diz o texto divulgado pela seguradora. A ING, patrocinadora principal da Renault, também se manifestou nesta quinta-feira sobre a polêmica. Incialmente, a instituição financeira disse que, por ora, manteria seu compromisso com o time francês, mas revelou desapontamento com o caso. Horas depois, no entanto, a empresa voltou atrás e decidiu retirar imediamente seu logo dos carros da equipe. “As últimas três semanas não foram muito boas e estamos extremamente decepcionados com a descoberta disso tudo. Nós realmente entramos no mapa por causa da parceria com a F-1”, disse Isabelle Conner, diretora de marketing da ING. Demitido na semana passada, Flávio Briatore foi banido do automobilismo depois do esc”ndalo de manipulação de resultados no Grande Prêmio de Cingapura do ano passado, denunciado por Nelsinho Piquet. Na ocasião, o brasileiro foi orientado pela cúpula da escuderia a bater propositalmente contra o muro para favorecer Fernando Alonso, que acabou vencendo a corrida. Pelo caso, a Renault foi advertida pela entidade, mas não terá de cumprir pena por ter admitido a culpa. Além de banir Briatore, a FIA decidiu na última segunda-feira, em audiência realizada em Paris, que a equipe francesa está em “condicional” pelos próximos dois anos. Caso protagonize outro caso grave, a equipe seguirá o caminho de seu ex-chefe. Os pilotos foram inocentados pela FIA por terem contribuído com a investigação. Já o ex-engenheiro Pat Symonds, demitido da Renault junto com Briatore na semana passada, foi suspenso por cinco anos. Atualizada às 19h28
Após escândalo, Renault perde patrocínios
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