Após abrir o espaço máster da camisa para o GRAACC e a AACD, o Santos novamente abriu espaço para uma ação social no lugar do patrocínio máster da camisa do clube no empate por 3 a 3 diante do Fortaleza, neste domingo (25). A equipe praiana fechou um acordo com o WWF em uma ação para alertar sobre a poluição dos oceanos.
Na partida, o Santos entrou em campo com a hashtag #SOSmascote na camisa. Isso porque a outra parte da ação foi feita justamente com a mascote do clube. O “Baleinha” entrou no gramado da Vila Belmiro com um pedaço de plástico preso ao corpo e chegou, inclusive, a cair no chão para demonstrar o perigo da poluição para os animais e o ecossistema como um todo. Os jogadores ainda entraram em campo com uma faixa explicando a ação.
Foto: Divulgação / WWF Brasil
Criada pela F.biz em parceria com a Outfield, a campanha também conta com vídeos de jogadores e ex-jogadores do Santos falando sobre a poluição nos oceanos.
“Encontramos no Santos, que tem como mascote um animal ameaçado pela poluição dos oceanos, o parceiro ideal para ampliar a luta pelo meio ambiente. Para colocar os holofotes sobre a causa, comandada pela WWF, juntamos um assunto tão sério à paixão do brasileiro pelo futebol”, explicou Adriano Alarcon, CCO da F.biz.
“O Brasil é o quarto país do mundo que mais gera lixo plástico, segundo dados do Banco Mundial. Do total de resíduo plástico produzido anualmente no Brasil, apenas 1,28% é efetivamente reciclado. Para alcançar uma solução que ultrapasse as fronteiras, precisamos unir pessoas, empresas e governos em torno de políticas globais e soluções sistemáticas”, alertou Gabriela Yamaguchi, diretora de engajamento do WWF Brasil.
“O Santos FC abraçou esta causa, mas ela não é exclusiva da comunidade santista: estamos falando de um problema global que afeta todas as famílias. Por isso, todas as torcidas estão convidadas a se unirem nessa luta por um planeta mais limpo e uma alimentação mais saudável”, afirmou José Carlos Peres, presidente do clube.
Foto: Reprodução / Twitter (@SantosFC)
De acordo com o WWF Brasil, o plástico já representa 80% de todo o lixo encontrado no mar. O sol, a oxidação e o impacto das ondas vai gradualmente fragmentando os objetos, transformando-os em microplásticos (pedaços de plástico com menos de 5mm), que são ingeridos por organismos marinhos, ingressando até mesmo na cadeia alimentar dos seres humanos. Além disso, os animais absorvem substâncias químicas perigosas, como no caso de plásticos que contém diversos tipos de bisfenol.
Atualmente, o WWF Brasil lidera uma campanha internacional para eliminar o plástico na natureza, que inclui uma petição a ser apresentada aos principais líderes globais no Fórum Mundial das Nações Unidas.