Após morte de torcedor, Belgrano e Talleres fazem campanha pela paz

Post de Klusener com Guiñazu, do Talleres

A morte de Emanuel Balbo, torcedor do Belgrano, de Córdoba (Argentina), que foi arremessado das arquibancadas do estádio Mário Kempes, desencadeou uma campanha contra a violência abraçada pelos clubes da cidade.

Emanuel havia reconhecido o suposto assassino de seu irmão, Óscar Alfredo Gómez, conhecido como Sapito, em acidente de trânsito ocorrido quatro anos antes. Segundo Raúl Balbo, pai do torcedor morto, Sapito teria instigado outros torcedores de que Emanuel seria fã do Talleres, rival do Belgrano.

Sob os gritos de “é do Talleres”, a multidão arremessou Emanuel no vazio. O torcedor sofreu traumatismo craniano e ficou dois dias em coma antes de morrer.

Pelas redes sociais, o atacante Gonzalo Klusener e Pablo Guiñazu, do Talleres, tiraram foto com um dos olhos cobertos e a hashtag #NãoSomosInimigos (#NoSomosEnemigos, em espanhol). Guiñazu é velho conhecido do futebol brasileiro, tendo passado por Internacional e Vasco.

Foto do atacante Lucas Melano no Instagram

O atacante Lucas Melano, do Belgrano, compartilhou em sua conta no Instagram uma foto com outros jogadores da equipe fazendo um T com as mãos, em referência ao time rival, sob a mesma hashtag. As mensagens logo viralizaram pelas redes sociais.

Suspeito de provocar a morte de Emanuel, Sapito se apresentou à polícia na última segunda-feira.

“Meu cliente é inocente, não tem nada a ver com o ocorreu com Balbo. Não instigou nada. Se entregou para se colocar à disposição da Justiça. O que aconteceu é que Balbo discutiu com ele por um motivo anterior, mas tudo ficou ali mesmo. Depois, Balbo brigou com outros torcedores e foram eles que o arremessaram. Meu cliente não estava lá”, afirmou Monica Pico, advogada de Sapito, ao canal local “Todo Noticias”.

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