A corrida Itaipava São Paulo Indy 300 Nestlé no último domingo foi a terceira nas ruas da capital paulista. No entanto, foi a primeira vez em que o semblante de autoridades no fim do evento não era apenas de alívio ou de apreensão. Sem chuva forte e sem atraso, o evento contrariou os anos anteriores e deu à organização motivos para celebrar.
Além do clima menos conturbado, a prova de 2012 foi a primeira com ingressos esgotados nas bilheterias. No ano passado, por exemplo, prefeitura e grupo Bandeirantes, sócios na realização da corrida, chegaram a distribuir entradas para funcionários.
A corrida da Indy em São Paulo é realizada há três anos em um circuito de rua montado entre a Marginal Tietê, a avenida Olavo Fontoura, o sambódromo e o pavilhão de exposições do Anhembi.
No primeiro ano, pontos como o piso do sambódromo motivaram duras críticas de pilotos e equipes ao traçado. A situação melhorou em 2011, mas a forte chuva impediu que a corrida fosse concluída no domingo – a bandeirada final foi dada apenas na manhã de segunda-feira.
A Indy contou neste ano com um circuito mais adaptado e um clima mais ameno. E com a presença de Rubens Barrichello, piloto que trocou a Fórmula 1 pela categoria no início deste ano.
“O Rubinho atraiu muito público, sem dúvida alguma. Ele é uma personalidade muito querida, com enorme carisma, e mostrou isso nos últimos dias”, ponderou Marcelo Rehder, presidente da São Paulo Turismo (SPTuris).
O órgão público fará uma reunião nesta quarta-feira para avaliar resultados da Indy. Entretanto, o semblante de Rehder ainda durante o evento já era suficiente para mostrar que a situação era bem diferente de 2011.
“No ano que vem, se for exatamente assim está excelente. Tivemos uma grande ocupação hoteleira em um feriado prolongado, quando a cidade costuma ficar mais vazia”, lembrou o dirigente.