O Corinthians não contratará mais o atacante Juninho, do Sport. Após diversas manifestações contrárias à vinda do atleta, o clube resolveu fazer prevalecer a voz dos torcedores e dar força à campanha contra o machismo no esporte.
O caso ganhou repercussão na última semana, quando foi vazada a informação de que a equipe negociava com o atleta. O problema é o histórico disciplinar de Juninho. Entre outras polêmicas, o jogador está envolvido em um processo de agressão a uma ex-namorada.
No último ano, o Corinthians tem feito uma campanha pelo fim do machismo no ambiente do futebol, com o conceito “respeita as mina”. Quando a informação da contração veio a público, uma série de torcedores entendeu a medida como contraditória.
Nas redes sociais, a hashtag “#JuninhoNoCorinthiansNão” ganhou espaço entre os temas mais citados. No mesmo período, o Corinthians chegou a fazer uma publicação no Instagram para celebrar a Lei Maria da Penha, com a mensagem “nenhuma a menos”, usada por grupos feministas.
Em nota oficial assinada pelo presidente Andrés Sanchez, o clube reforçou alguns dos ideais que o Corinthians tem buscado. Segundo o mandatário, a contratação de Juninho era também um “processo de ressocialização” para o atleta. O recuo, por outro lado, se deve ao “congraçamento de mentes em torno da causa feminista”.
A nota aproveita para reforçar que o clube estará ainda mais focado em ações sociais, entre elas o movimento feminista. E reforça o que seria a “bandeira do clube”: “lutar contra qualquer forma de discriminação, abominar a violência, aliar-se aos mais fracos”.