Após pressão de patrocinadores, Fifa convoca ex-diretor do COI para gerenciar crise

O suíço François Carrard é advogado e tem 77 anos

O processo de regeneração da Fifa após os escândalos de corrupção revelados nos últimos meses ficará a cargo do advogado François Carrard, ex-diretor do Comitê Olímpico Internacional, eleito para presidir o Comitê de Reforma instalado nesta terça-feira (11) em Zurique, na Suíça.

A informação chega após a pressão feita nas últimas semanas por McDonald’s, Coca-Cola e Visa para que a reforma na entidade não ficasse restrita à convocação de novas eleições para substituir Joseph Blatter, que deixará o cargo em fevereiro do ano que vem.

“Nossos parceiros comerciais desempenharão um papel importante nesse processo. Acreditamos que o doutor Carrard é a pessoa adequada para pilotar esse processo como presidente independente, com uma comprovada trajetória em reformas das estruturas de gestão”, afirmou Blatter em comunicado.

Na semana passada, a vice-presidente de relações públicas da rede de fast fodd, Heidi Berker, afirmou que “uma comissão independente aportaria um nível de credibilidade, transparência e neutralidade que, em última instância, atrairia patrocinadores e fãs de todo o mundo que acreditariam que o esforço por mudanças é um passo significativo na direção correta”.

Aos 77 anos, Carrard tem no currículo esportivo a direção do COI durante o escândalo de corrupção após a eleições que elegeram Salt Lake City para sediar as Olimpíadas de Inverno de 2022.

“É vital para o futuro do futebol restaurar a integridade e a reputação de seu órgão reitor. Como presidente independente, me comprometo a iniciar um pacote de reformas críveis, trabalhando com representantes do futebol e de toda a sociedade”, disse o suíço Carrard, em comunicado.

O Comitê de Reforma da Fifa terá outros 14 membros, entre eles o diretor-geral da Conmebol, Gorka Villar) e Wilmar Valdez, presidente da federação uruguaia. A Uefa estará representada por Gianni Infantino, secretário-geral da entidade presidida por Michel Platini, um dos aspirantes ao cargo máximo da Fifa.

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