Após prisão de José Maria Marin, Senado aprova criação de CPI da CBF

O Senado aprovou nesta quinta-feira (28) a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso de corrupção que culminou na prisão de José Maria Marin, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), por lavagem de dinheiro, fraude e extorsão. A CPI foi proposta pelo senador Romário Faria (PSB-RJ) logo após o estouro do escândalo, em Zurique.

Romário Faria (PSB-RJ) pediu a abertura da CPI 

O prazo para investigação de irregularidades nos contratos comerciais fechados pela CBF é de 180 dias, com orçamento de R$ 100 mil. “Particularmente espero que Blatter seja preso antes de assumir um novo mandato. O Marin está preso e este é o momento de fazermos uma verdadeira devassa na CBF, a Casa Bandida do Futebol”, afirmou Romário, que quer presidir a comissão.

A CPI só não será levada adiante se 26 senadores retirarem suas assinaturas do requerimento até a noite desta quinta-feira. A nota do Senado informa que a comissão terá sete membros titulares e outros sete suplentes.

Em meio à aprovação das investigações, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que a Polícia Federal tentará identificar os crimes cometidos pelos dirigentes esportivos tipificados na legislação brasileira e ampliar o processo iniciado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

“Só podemos investigar delitos que sejam tipificados pela legislação brasileira. Se neste caso houver, a Polícia Federal abrirá um inquérito e fará uma investigação rigorosa em relação a isso”, disse Cardozo.

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