O patrocínio do governo do Estado de Minas Gerais a Atlético-MG, Cruzeiro e América-MG, anunciado em outubro deste ano, ainda não deixou a condição de promessa política. Após ter sido dado como fechado, tendo pendente apenas a inserção da marca da Loteria Mineira nas camisas, os clubes já não sabem mais se o acordo irá vingar.
“O governador prometeu, a loteria nos procurou, e depois eles sumiram”, conta Gilvan Tavares, sucessor de Zezé Perrella na presidência do Cruzeiro, à Máquina do Esporte. “Ficou só na primeira conversa, e agora não sei o que vai ser”. A explicação é repetida por Olímpio Naves, membro do conselho gestor do América-MG.
O aporte seria de R$ 9,9 milhões a Atlético-MG e Cruzeiro, e o América-MG levaria uma porção menor. Esse valor seria dividido em 11 parcelas de R$ 900 mil, e o patrocínio representaria uma compensação por parte do governo por ter fechado o estádio Mineirão para obras, em função da realização da Copa do Mundo de 2014 no local.
O assunto não chegou a ser levado para os departamentos de marketing das equipes envolvidas, como é comum em negociações de patrocínio. As presidências, sim, eram responsáveis pela questão. O governo iria inserir a marca da loteria na parte traseira dos uniformes ainda na atual edição do Brasileiro, encerrada no último domingo (4).
Ainda em outubro, mês em que o negócio foi revelado pela primeira vez, a demora do início da parceria era justificada por mera burocracia. À época, faltavam sete jogos para o fim do campeonato. “Já conversamos com o governador, mas ainda não saiu”, afirma Naves, do América-MG. “Está acertado, está esquematizado, mas ainda não saiu”.