Após recusar R$ 15 mi, Flamengo sofre pressão

Peugeot ofertou R$ 15 milhões, mas time queria mais; ficou sem negócio

Peugeot ofertou R$ 15 milhões, mas time queria mais; ficou sem negócio

O leão da Peugeot quase ganhou espaço na camisa do Flamengo. Após o clube ter contratado Ronaldinho Gaúcho, em janeiro, a fabricante de automóveis francesa se interessou pela cota máster e ofereceu R$ 15 milhões anuais. Em busca de valor superior, a equipe rejeitou a proposta e, hoje, sofre pressão para vender logo a propriedade.

Internamente, a diretoria do Flamengo e a Traffic, agência de marketing esportivo que foi contratada para captar empresas interessadas em patrocinar o time rubro-negro, estão sendo pressionadas por conselheiros do clube para que não “poluam” o uniforme flamenguista. Essa exigência vai de encontro com planos recentes da dupla.

Depois de varrer o mercado em busca de companhia disposta a desembolsar em torno de R$ 30 milhões pela principal cota, sem sucesso, Flamengo e Traffic cogitaram segmentar a camisa em vários espaços menores. O intuito é alcançar a cifra almejada inicialmente, de modo que o clube se equipare ao rival Corinthians nesse quesito.

O conselho deliberativo do clube, cuja aprovação é necessária para sacramentar qualquer negócio, no entanto, não vê necessidade de sacrificar a tradição da equipe carioca, em termos de visual da camisa rubro-negra, por essa verba. Argumenta-se que o Flamengo possui fôlego financeiro, por ter recebido recursos de diferentes fontes.

Pelos direitos de transmissão do Campenato Brasileiro entre 2012 e 2015, a Globo despejou R$ 45 milhões nos cofres flamenguistas. A Esso, para instalar posto de combustível em terreno do clube, terá de pagar outros R$ 8 milhões. A TIM, para inserir a própria marca no interior do número, desembolsou mais R$ 2 milhões.

A essa conta, ainda se soma a entrada do Flamengo no É Gol, título de capitalização lançado pela Caixa Seguros em março deste ano, cuja receita será de R$ 45 milhões. Por fim, há a concessão do Morro da Viúva para o bilionário brasileiro Eike Batista, negócio avaliado em R$ 31 milhões, por possíveis cinco décadas.

Por todas essas fontes de receita, formalizadas e aprovadas recentemente pelo conselho deliberativo, entende-se que o Flamengo não precisa fatiar a camisa em várias propriedades, como fez o Corinthians na chegada de Ronaldo, em 2009. Por outro lado, não ter encontrado parceiro em mais de seis meses é motivo de desconforto.

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