Mais experiente funcionário do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser pode retornar pouco depois de ter sido exonerado da secretaria-executiva da pasta. Reunião ontem à noite no ministério estudava a possibilidade de reaproveita-lo em outra função.
Uma das possibilidades seria ocupar a presidência da APO (Autoridade Pública Olímpica), órgão formado por governo federal, Estado e Prefeitura do Rio, para coordenar as ações do poder público para os Jogos Olímpicos. A presidência da APO é ocupada, de forma interina, por Marcelo Pedroso desde março. O cargo já foi oferecido para nomes como a ex-jogadora de vôlei Ana Moser, que não aceitou o convite.
Outra possibilidade seria aproveitar a experiência do executivo, há quase 13 anos no Ministério do Esporte, e colocá-lo de volta na Secretaria Nacional de Alto Rendimento, cargo que ocupou até o início do ano. O problema, neste caso, é que George Hilton teria que dispensar o atual titular, Carlos Geraldo de Oliveira, presidente do PRB (partido do ministro) em Pernambuco.
Mesmo com toda essa costura estudada pelo governo há uma possibilidade concreta de que o aproveitamento de Leyser em alguma função governamental ligada ao esporte não aconteça. Isso porque o próprio executivo já deu a entender que não aceitaria a presidência da APO e pode ter a mesma decisão caso lhe seja oferecida a Secretaria de Alto Rendimento.
Na terça-feira, Leyser foi exonerado do cargo de secretário-executivo do ministério. A decisão havia sido assinada por George Hilton na sexta-feira. No fim de semana, ambos cumpriram agenda no GP Brasil de Fórmula 1, sem Leyser saber que estava demissionário. Na segunda-feira, dia anterior à sua saída, havia trabalhado até por volta das 21h30.