Após Timemania, cariocas criam raspadinha

A Timemania, loteria criada pelo Governo federal para tentar aplacar a crise financeira e as dívidas dos clubes de futebol com a União, não funcionou. No entanto, as equipes do Rio de Janeiro não desistiram de investir nessa seara. A nova aposta, para fazer uso de um trocadilho, é uma raspadinha feita em parceria com a Loterj e a Hebara. As raspadinhas têm versões com escudos dos grandes times de futebol do Rio de Janeiro (Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco). Os torcedores escolhem o modelo de uma equipe, e os ganhos das instituições são proporcionais à quantidade de bilhetes vendidos. Desde a criação, no dia 10 de julho, a raspadinha já amealhou cerca de R$ 10 milhões ? o Flamengo, time líder nas vendas, responde por 39% dessa arrecadação. Do montante total, 5% é repassado aos clubes. ?Esse produto foi importante também para mostrar a fidelidade do nosso torcedor. Acaba substituindo a Timemania, que deu muito menos que todos pensavam. Nosso planejamento era arrecadar dez vezes mais?, disse Roberto Dinamite, presidente do Vasco, à ?Folha de S.Paulo?. A arrecadação dos clubes com a raspadinha já é mais significativa do que a Timemania. O problema é que a maior parte da loteria federal vai diretamente para um fundo destinado a saldar dívidas das equipes com a Receita. Portanto, pouco entra efetivamente nos cofres.

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