Anunciada oficialmente na última sexta-feira, a aposentadoria do pivô Yao Ming, maior ídolo da história do basquete chinês, já causou repercussões no país asiático. Sem o ex-jogador do Houston Rockets, escolhido oito vezes para o jogo das estrelas da liga profissional de basquete dos Estados Unidos (NBA), o cenário se divide entre temor e apostas.
O temor é motivado, evidentemente, pelo papel que Yao Ming teve na popularização do basquete entre os chineses. Atualmente, o país asiático é o segundo maior mercado mundial da NBA – perde apenas para os Estados Unidos.
Na última segunda-feira, o site chinês Sina Weibo fez uma pesquisa sobre o interesse pela NBA. Entre os que responderam, 57% disseram que parariam de acompanhar a liga depois da aposentadoria de Yao Ming.
A China gera audiências de mais de 30 milhões de pessoas por semana à NBA. Além disso, o basquete é uma modalidade com cerca de 300 milhões de praticantes no país oriental.
Enquanto o mercado se assusta com os efeitos que a ausência de Yao Ming pode causar, outros tentam aproveitar o espaço deixado por ele. Principalmente o norte-americano Kobe Bryant, que está no meio de uma excursão pela Ásia.
Atualmente, o jogador do Los Angeles Lakers é o norte-americano de maior repercussão entre os chineses amantes do basquete. A camisa dele sempre esteve entre as mais vendidas do país, mesmo quando concorria com Yao Ming.
Bryant viajou à Ásia a convite da Nike, patrocinadora dele e da associação chinesa de basquete. Ele também foi fiscalizar as obras da Kobe Bryant China Fund, entidade assistencial que ele fundou na Ásia em 2009.
Como a NBA vive um período de incertezas em função de um locaute, outros jogadores aproveitaram o período para fazer ações focadas no mercado chinês. Com 1,3 bilhão de habitantes e tantos fãs de basquete, trata-se de uma região extremamente atraente.