Arena busca boom da natação pós-Cielo

Não é por acaso que Cesar Cielo vai concentrar cerca de 80% da comunicação da Arena no retorno da marca ao Brasil ? mais até do que ações institucionais sobre a marca, que ficou longe do país por três anos. A aposta no nadador faz parte de uma projeção que a empresa faz sobre o mercado do esporte aquático no país após o surgimento do atleta. Cielo conquistou a medalha de ouro nos 50 metros livres dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. Neste ano, venceu a mesma prova e os 100 metros livres no Mundial de Roma ? na disputa mais longa, obteve também o recorde mundial. Todos esses feitos transformaram Cielo em grande estrela. Não apenas da natação, mas do esporte brasileiro. Foi o suficiente para a Arena apostar fortemente no nadador, que tem contrato com a marca desde 2008. Focada no mercado da natação, a Arena será distribuída no Brasil pela mesma empresa que comanda as operações da Babolat, direcionada ao tênis. Esse perfil segmentado aumentou a confiança no futuro do esporte a partir de Cesar Cielo, sobretudo por uma comparação com Gustavo Kuerten. A Babolat, que tinha menos de 1% do mercado de tênis no Brasil quando foi lançada no país, aproveitou o crescimento do tênis pós-Guga para se consolidar. ?Hoje somos a segunda, quase a primeira marca?, contou Fabian Palmieri, dono da empresa que cuida da distribuição. Nos primeiros três anos de sua operação no Brasil, a Arena busca no país uma fatia de vendas similar ao que acontece no mundo. ?Temos 24% do mercado, contra 38% da concorrente [Speedo]. O restante é de marcas menores. Não queremos concorrer com a marca líder, mas abocanhar o mercado que já é nosso no mundo?, explicou Palmieri. Um segundo passo para a Arena no Brasil será planejar um crescimento condizente com a evolução do mercado da natação. Tudo isso a partir do que a empresa acompanhou durante o período de ascensão de Gustavo Kuerten. ?O país vendia uma média de 50 mil raquetes, e subiu para 160 mil na época do Guga. A natação é um esporte muito mais barato, e é natural que um ídolo do porte de um Cielo, um Guga ou um Ronaldo contribua para mexer com a massa?, encerrou Palmieri.

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