Asics usa confecção em “reconquista” do Brasil

A realização dos Jogos Olímpicos em Tóquio representa um marco para a Asics. Pela primeira vez, a marca de origem japonesa estará como maior patrocinadora de um grande evento mundial. Essa responsabilidade de ser a marca esportiva do país-sede da Olimpíada de 2020 significa, também, que a Asics precisará retomar o espaço perdido nos últimos anos no Brasil, quinto maior mercado da empresa no mundo e que sofreu com a crise no país.

“Daqui a dois anos, queremos o consumidor usando muita confecção da Asics. Se você olha hoje, tem muita gente usando tênis da Asics, mas não confecção. Se daqui a três anos você for tirar uma foto da Asics, esperamos ver o portfólio de produtos muito mais amplo com a chegada de confecção”, afirmou Pedro Zanoni, que há três meses assumiu o cargo de CEO da marca na América do Sul.

Foto: Divulgação / Asics

Em sua primeira entrevista a um veículo brasileiro, Zanoni falou por cerca de meia hora sobre os desafios que tem pela frente. Após passar por Wilson, Adidas e Reebok, ele assumiu a Asics com o desafio de retomar o crescimento no Brasil. Para isso acontecer, a aposta é nos esportes históricos da marca: corrida, tênis e vôlei.

“A Asics é líder em tênis. A gente não deixa de se posicionar no tênis por não ter o patrocínio a um evento. Pelo momento que a gente tem, mais relevante é otimizar os atletas que temos e eventos que temos. Queremos agora trabalhar com infanto-juvenis”, complementou Zanoni, que foi jogador de tênis.

No running, a diversificação do portfólio de produtos é o maior foco. A ideia é ter calçados mais baratos, mas com boa tecnologia, para conquistar o consumidor que não seja o de alta performance. Além disso, haverá mais roupas da marca.

Foto: Divulgação / Asics

“As discussões internas são em como chegar a um novo tipo de consumidor, que é mais jovem. O running não é só a corrida, é uma plataforma para o preparo físico. O desafio é como vamos chegar a essa quantidade de consumidores sem abandonar aqueles que ajudaram a fazer a história da marca”, afirmou o executivo.

Além disso, haverá uma maior disponibilidade de artigos para corrida da marca. A ideia é fazer com que produtos com o logo da Asics ganhem os atletas. Para isso, a aposta é na produção local de artigos para tropicalizar os produtos.

No vôlei, o patrocínio à CBV segue como principal plataforma de exposição, ainda mais tendo a esperança de um bom desempenho brasileiro em Tóquio 2020.

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