Associação de indústria do esporte projeta crescimento do setor em 2015

Loja oficial da Nike no Rio de Janeiro

A Ápice (Associação pela Indústria e Comércio Esportivo) espera um crescimento do setor em 2015, apesar da retração econômica e de neste ano não haver um megaevento que impulsione as vendas, como foi a Copa do Mundo do ano passado.

Para isso, a entidade, que congrega as principais marcas esportivas que atuam no país, espera melhorar a cadeira produtiva, deixando o produto nacional mais competitivo. Fazem parte da associação Adidas, Alpargatas, Asics, New Balance, Nike, Oakley, Paquetá, Puma, Sketchers e Under Armour.

“A alta do dólar não favorece necessariamente a exportação, já que muitos componentes do tênis, por exemplo, são importados”, conta Marina Carvalho, diretora-presidente da Ápice, que projeta uma alta no preço dos calçados por conta do material que vem do exterior para abastecer as empresas nacionais.

Estados Unidos e Argentina são os dois principais compradores de produtos esportivos produzidos no Brasil. Segundo Marina, a exportação para os hermanos sofreu queda em 2014 por conta de política econômica protecionista do país.

“O México pode ser um novo mercado a ser explorado. Mas é necessário que o Brasil assine mais tratados de comércio, com redução de tarifas com esses países”, afirma a executiva.

Segundo dados do Iemi (Instituto de Estudos e Marketing Industrial), o setor de calçados e roupas esportivas movimentou R$ 15,11 bilhões em 2014 no país. Para este ano, a previsão do instituto é de 2,5%. Essa pesquisa, porém, não mede o faturamento com a venda de equipamentos esportivos.  

Sem um megaevento como foi a Copa do Mundo de 2014 ou como será a Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, a tendência das empresas do setor no país é focar na ativação de patrocínios locais, como nas equipes de futebol, e no aumento da produção voltada para o mercado externo.

“No ano passado tivemos a Copa do Mundo, mas também a retração econômica para contrabalançar. A crise não está neutralizada. Dependemos das condições macroeconômicas, que a gente não controla”, afirma Marina, sobre a expectativa da Ápice de cumprir as metas para este ano. 

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