Atlético-GO estuda mudança na comunicação

Atlético-GO tem sofrido para se adaptar dentro e fora de campo

Atlético-GO tem sofrido para se adaptar dentro e fora de campo

O Atlético Goianiense teve uma ascensão vertiginosa nos últimos anos. Em 2007, fez uma campanha medíocre na Série C do Campeonato Brasileiro, categoria que frequentou por anos. No entanto, a equipe subiu de divisão duas vezes seguidas, em 2008 e em 2009, e hoje joga na principal competição nacional. Nem todos os departamentos do clube conseguiram acompanhar essa mudança. No momento, quem tenta chegar nesse estágio é a comunicação do Atlético.

Atualmente, a área mais carente é a do marketing. O departamento comercial do clube trabalha para trazer patrocínios, mas se limita a essa atividade. Não há o trabalho com torcedores e as empresas têm o direito apenas da exposição, ainda assim sem grandes estudos para isso. Hoje, por exemplo, qualquer empresa que apoie o clube tem o mesmo espaço no campo de treinamento, sem prioridade para os mais relevantes.

Os esforços para a reformulação da comunicação do Atlético e para a criação de um departamento de marketing estão nas mãos da atual assessora de imprensa do clube: Lívia Caixeta. Lívia é jornalista, especializada em marketing esportivo. Ela trabalha pela Race Comunicação, contratada pelo clube goianiense, e agora tenta ajustar o seu departamento a padrões mais modernos.

Lívia explica que o clube começou a pensar em sua comunicação apenas recentemente: “Não tínhamos uma assessoria de imprensa até 2007. Quando ela surgiu, não tinha todo o profissionalismo necessário”.

Hoje, a relação com a imprensa é vista com mais seriedade, com Lívia em Goiás e outros jornalistas da Race em São Paulo. No entanto, os desafios para o marketing ainda são muitos. A ausência de um departamento para a área impede um controle financeiro, sem o direcionamento das verbas para novos projetos.

Na prática, o que se vê no clube é um amadorismo, mesmo com a equipe jogando nos principais palcos brasileiros. Lívia explica que a diferenciação entre as empresas que apoiam e as que patrocinam de fato o clube tem sido aplicada aos poucos, e apenas neste ano. Ela também lamenta que os produtos licenciados estejam terceirizados, em um acordo que ela não considera o ideal.

Uma mudança ainda mais radical para Lívia está na alteração de comportamento dos diretores mais antigos. Para a assessora, as transformações precisam ser digeridas por todos para acompanhar o que o clube tem vivido atualmente. “As pessoas precisam enxergar que eles não têm um time, e sim uma marca”, afirmou Lívia.

Os próximos planos da comunicação atleticana estão em ferramentas básicas para os seus concorrentes na Série A. A intenção é fazer um novo site oficial, com vídeos e interatividade com o torcedor. No entanto, mesmo nesse segmento existem restrições. Hoje o clube não conta, por exemplo, com um fotógrafo e um cinegrafista para produzir o material necessário. Outro plano é melhorar a comunicação interna do clube, com um jornal-mural para sócios e torcedores com as novidades da equipe.

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