Atraso altera a programação do G4

Antes mesmo de ser lançado oficialmente, o G4, grupo formado por Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo, já passou por uma mudança em seu cronograma. A entidade negocia acordo com uma cervejaria e pretendia conversar com bancos e empresas de telefonia depois da assinatura. Contudo, um atraso na primeira assinatura impediu que as coisas fossem feitas separadamente. O G4 foi formado neste ano, como forma de aproximar os quatro grandes clubes de São Paulo. Dirigentes das equipes começaram a se reunir para conversar sobre respeito e exemplos a serem dados para o público, mas logo adicionaram possibilidades de incremento de receita a essa lista. A primeira cervejaria a negociar com o grupo foi a Ambev, que tem a intenção de lançar uma linha de produtos licenciados dos quatro clubes paulistas. A negociação chegou a estar perto de uma conclusão, mas esbarrou em contratos que Corinthians e São Paulo mantêm com a rival Femsa. A própria Femsa decidiu entrar na jogada e fez proposta para uma parceria com o G4. A oferta foi superior à da Ambev, que então admitiu trabalhar em um patamar financeiro maior. Com as duas empresas em condições parecidas, o grupo ainda não conseguiu chegar a um consenso. Questões individuais também pesam para a indefinição do G4. O contato de patrocínio com uma cervejaria, seja qual for a marca, será o embrião de uma iniciativa conjunta de Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo. Por isso, servirá como modelo de conciliação entre interesses coletivos e de cada um deles. A previsão inicial do G4 era definir o nome da cervejaria parceira do grupo até o fim de outubro, quando Marcelo Teixeira, presidente do Santos, voltaria da Suíça ? ele viajou ao país europeu para participar de reunião da Fifa em que foi definida a criação do Mundial de clubes feminino. Desde então, o anúncio foi adiado duas vezes. Com a postergação, o G4 deu andamento a negociações que pretendia fazer apenas depois de acertar com uma cervejaria, casos de empresas de telefonia e financeiras. A conclusão do primeiro caso servirá como norte para os outros. Na semana passada, o próprio Marcelo Teixeira chegou a dizer que o G4 tem negociações em andamento com ?quase dez marcas? para fechar acordos comerciais em um curto prazo.

Sair da versão mobile