Ausência de companhias emperra ações ambientais

A participação de clubes em projetos ambientais está diretamente ligada ao suporte de empresas, como patrocinadoras. Essa frase encontra referências recentes no próprio futebol brasileiro. O Corinthians, com o apoio do Banco Cruzeiro do Sul, emplacou ação para plantio de árvores. O Náutico, sem parceria, emperrou.

“O projeto para zerar a emissão de carbono está absolutamente pronto, mas não pode sair do papel porque custa R$ 280 mil e não há quem pague”, conta o vice-presidente de comunicação e marketing do time pernambucano, Roberto Varela, à Máquina do Esporte.

O dirigente acredita que colocar em prática o plano levaria o Náutico à mídia, ampliando visibilidade e valorizando marcas parceiras, mas lamenta não poder ceder parte do dinheiro que o clube investe no esporte para o meio ambiente. “É muito legal, mas, na prática, não tem como correr atrás das duas coisas”, diz.

O Corinthians, por sua vez, planta 100 árvores a cada jogo do time paulista e outras 100 a cada gol feito por um de seus atletas. A ação tem o mesmo objetivo da planejada pelo Náutico: zerar simbolicamente a emissão de carbono das partidas realizadas. A diferença reside em quem está por trás da ideia.

Idealizada pela agência de marketing Nova Estratégia, a iniciativa do Corinthians tem o apoio do Banco Cruzeiro do Sul desde o início. A companhia usa a ação para justificar a própria emissão de carbono e se valorizar entre os torcedores paulistas.

Sair da versão mobile