Ausência de megaevento fará mercado esportivo crescer em 2015

Loja expõe a Brazuca, a bola usada na  Copa do Mundo de 2014

A ausência de um megaevento como a Copa do Mundo, no ano passado, ou a Olimpíada, no ano que vem, é o grande trunfo para que a indústria de material esportivo volte a crescer em 2015. Essa é a projeção do Iemi (Instituto de Estudos e Marketing Industrial).

A empresa de pesquisa de mercado avalia que o setor de roupa esportiva deve crescer 10% em relação a 2014, atingindo quase R$ 11,3 bilhões. Já o de tênis deve ter um aumento de arrecadação um pouco menor, da ordem de 5,9%. Isso representa um total de cerca de R$ 4,12 bilhões. A pesquisa não mede a indústria de equipamentos esportivos, como bolas e raquetes.  

“Para o varejo, a Copa do Mundo teve efeito um pouco negativo, com as lojas fechadas para os funcionários assistirem aos jogos. Por um mês, um mês e meio não se pensou no consumo”, analisa Marcelo Prado, diretor do Iemi.

“Depois, tivemos manifestações, ressaca da Copa, eleições, ressaca das eleições… Acredito que teremos um ano melhor, apesar da retração econômica”, acrescentou ele.

A pesquisa é feita com as principais marcas de material esportivo que atuam no país, como Nike e Adidas, até empresas com presença menor, mas com atuação significativa em alguma modalidade, como corrida de rua (Mizuno e Asics), futsal (Penalty, Topper e Umbro).

Fonte: Iemi

Para os próximos anos, Prado aponta algumas modalidades que tendem a um crescimento de mercado. “Estamos vivendo o boom da bicicleta, com a construção de ciclovias. Já o mercado de lutas, que viveu o último suspiro na época de [Mike] Tyson e [Evander] Holyfield, voltou com tudo com o MMA”, aponta Prado.

O diretor do Iemi, por sua vez, lembra que outras modalidades vivem a estagnação após crescimento acelerado em anos anteriores. “O mercado de tênis viveu sua melhor época com o Guga [Gustavo Kuerten]. Hoje não há ninguém com o mesmo apelo”, afirmou.

Um setor grande do mercado, porém, não é abarcado pela pesquisa do Iemi, já que é difícil de mensurar: a pirataria e o quanto as empresas no Brasil perde em arrecadação com produtos falsificados. 

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