Bahia ainda desacredita de novo estádio

Bahia e Vitória lançaram em novembro deste ano um projeto para uma nova arena esportiva na região de Salvador, cidade que já conta com o estádio de Pituaçu. Ainda assim, o governo local decidiu não mudar o cronograma de obras para a Fonte Nova, escolhida para o projeto da região para a Copa do Mundo de 2014. Essa postura deve-se a um descrédito sobre a iniciativa dos clubes, bancada pela Lusoarenas. O governo local fala abertamente sobre a desconfiança em relação ao projeto. ?Eles não apresentaram nada consistente até o momento, e eu não posso suspender iniciativas de dois anos apenas com base no que foi mostrado. Não vejo elementos para isso?, avisou Nilton Vasconcelos, secretário de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Estado da Bahia. Um dos principais problemas da arena idealizada por Bahia e Vitória, segundo Vasconcelos, é a capacidade. A construção deve abrigar 30 mil espectadores, dez mil a menos do que a Fifa exige para a Copa do Mundo, e não tem previsão de estruturas auxiliares para incrementar a capacidade. Portanto, essa ampliação teria de ser feita pelo poder público. Outro entrave é o prazo. O estádio da Lusoarenas tem previsão de início de funcionamento em 2013, e o temor do comitê local é apostar em algo sem um plano B. O estádio de Pituaçu, com capacidade para 31.677 espectadores, deve ser transformado em centro de formação de atletas para outras modalidades. ?Nós não podemos esperar a conclusão da obra deles de uma forma passiva, principalmente porque o que foi apresentado até o momento é inconsistente. Temos de trabalhar a Fonte Nova e fazer a nossa parte?, completou o secretário. Até o fim deste ano, Salvador deve anunciar o consórcio OAS Oldebretch, único candidato, como vencedor da licitação para reforma da Fonte Nova. A concorrência dará ao grupo a possibilidade de explorar também o entorno da arena, que será valorizado após a obra.

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