Baixa em público de segundo turno impõe desafios a gestores

 

Corinthians foi exceção no segundo turno: média de 40 mil pessoas por partida. 

Após o término do primeiro turno do Brasileirão, com 17,3 mil pessoas de média no estádio, era de se esperar que o torneio deste ano fosse bater o recorde de público neste século. No entanto, mesmo com as modernas arenas e clubes populares em campo, o segundo turno teve baixa, e o campeonato nacional ficou com média de 17 mil pagantes, menos do que as disputas de 2007 e 2009.

 

O que aconteceu com Corinthians e Palmeiras ajuda a entender o porquê de o número não ter subido. O campeão brasileiro encerrou o primeiro turno com 30 mil pessoas de média. No segundo, atingiu a marca de 40 mil pagantes por partida, com ingressos esgotados na maior parte dos jogos.

O ganho de 10 mil pessoas, por outro lado, foi perdido em outra parte de São Paulo. Com o time em queda no Campeonato Brasileiro, o Palmeiras teve média de 24 mil pessoas no segundo turno, contra 34 mil no primeiro.

O clube do Allianz Parque mostra o primeiro grande desafio para os gestores das novas arenas: manter grandes públicos mesmo quando a fase em campo não é boa. Em levantamento recente feito pela Máquina do Esporte, calculou-se que o Palmeiras deixou de ganhar quase R$ 5 milhões em bilheteria após sair de fato da disputa pelo título nacional.

Outro exemplo claro de limitações nos públicos está em Porto Alegre, na Arena do Grêmio. O time tem colocado cada vez mais pessoas em seu novo estádio. A média, no entanto, ainda fica distante da capacidade total, de cerca de 60 mil pessoas. O clube teve média de 25 mil pessoas no Campeonato, e em nenhuma oportunidade passou de 45 mil pagantes.

Por fim, há o vice-campeão brasileiro, o Atlético Mineiro, que praticamente abriu mão de jogar no Mineirão. Nas cinco vezes em que atuou no principal estádio de Belo Horizonte, o público foi superior a 30 mil pessoas. Mas, no segundo turno, o clube optou pelo local em apenas uma partida. 

Sair da versão mobile