Banco do Brasil retoma patrocínio ao vôlei, mas estabelece condições

Seleção feminina joga com o logo do Banco do Brasil na camisa

A Confederação Brasileira de Vôlei conseguiu a retomada do patrocínio com o Banco do Brasil, após a assinatura de um aditivo ao contrato mantido com a estatal. Segundo o novo termo contratual, a CBV terá que seguir todas as orientações da CGU (Controladoria-Geral da União) em até 90 dias, além de medidas específicas pedidas pelo banco.

Parceiro do vôlei desde 1991, o Banco do Brasil havia interrompido o patrocínio após relatório da CGU apontar irregularidade na gestão do dinheiro público fornecido à confederação. Segundo apuração do órgão federal, os contratos somavam R$ 30 milhões em pagamentos realizados entre 2010 e 2013.

De acordo com a CGU, houve pagamento de supostas empresas fantasmas de genros do ex-presidente da CBV, Ary Graça, que hoje dirige a FIVB (Federação Internacional de Vôlei). O documento também apontou que houve bônus de performance que não foram pagos aos atletas da seleção brasileira. Em protesto, na época, equipes que disputam a Superliga de vôlei entraram em quadra usando nariz de palhaço.

Entre as cláusulas que a CBV teve que aceitar para a retomada do patrocínio estão novas normas para contratações, criação de um Comitê de Apoio ao Conselho Diretor da CBV, com participação de representantes da comunidade do vôlei. Também foi pedida a reformulação do Conselho Fiscal, a definição de parâmetros para pagamento de bônus de performance a atletas, a criação da Ouvidoria e a implementação de medidas que busquem ressarcir a confederação dos serviços contratados sem a devida comprovação da execução.

O banco, porém, ameaça não dar continuidade ao patrocínio caso todas essas medidas não sejam implementadas nos próximos três meses. 

Sair da versão mobile