Bancos abalam patrocínio nos EUA

Uma das maiores fontes de renda do esporte norte-americano está, como não poderia deixar de ser, com dificuldades diante da crise financeira. À beira da nacionalização, bancos como o Citibank e o Bank of America ameaçam reduzir seus gastos, em manobra que pode abalar seriamente as estruturas do setor. Segundo o instituto de pesquisa Nielsen, as dez instituições financeiras que mais investem na área nos Estados Unidos somam, ao todo um aporte de US$ 101,7 milhões (R$ 248,1 mi). O valor coloca o setor bancário como um dos três maiores parceiros do esporte, ao lado das cervejarias e das montadoras, que também sofrem com a instabilidade econômica. Os dois mais fortes são, justamente, os mais afetados. Com aportes de US$ 43,8 milhões (R$ 106,8 mi) e US$ 11,2 milhões (R$ 27,3 mi), respectivamente, Citibank e Bank of America estão no topo da lista de bancos que o governo de Barack Obama pretende nacionalizar como forma de evitar a falência. ?Se você olhar para algumas das principais categorias de patrocinadores, vai ver que todas estão sob risco. Por isso, existe uma pressão muito forte sobre os resultados com o esporte. E o interessante é que o setor ainda não havia sentido isso antes?, disse Chris Weil, CEO da Momentum Worldwide, uma das agências mais importantes dos Estados Unidos, em entrevista ao ?Sports Business Journal?. ?Ninguém sabe onde está o ponto exato, então todos estão estáticos. Hoje existe uma premissa sobre os esportes, que são vistos como triviais e são os primeiros a serem descartados?, disse Andy Pierce, vice-presidente corporativo da IMG, que atende, entre outras empresas, o Banco Real da Escócia (RBS) e o Bank of America. Nos últimos dias, o Bank of America encerrou suas negociações com o New York Yankees e não vai mais comprar os naming rights do novo estádio da franquia de beisebol. Já o Citigroup declarou certa insatisfação com o acordo semelhante que possui com o New York Mets, que custa nada menos que US$ 20 milhões (R$ 48,8 mi).

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