Em 2010, a rede Bandeirantes, que transmitia a Fórmula Indy no Brasil, resolveu comprar os direitos da organização para realizar uma etapa do evento em São Paulo. O anúncio foi feito em novembro de 2009, sem local definido, para uma corrida em março. A organização e as pendências daquele ano foram resolvidas às pressas, mas serviram de aprendizado para os envolvidos e agradou os americanos da Indy. Em 2011, com contrato renovado por mais nove anos, a Band vê seu faturamento duplicar.
O responsável pela organização do evento de 2011 mudou de nome, apesar de se manter nos braços do grupo Bandeirantes. A empresa abriu em dezembro de 2010 uma agência especializada em grandes eventos, com o nome de Enter-Entertainment Experience. Neste ano, serão duas ocasiões em que ela atuará. Além da própria Fórmula Indy, ela será responsável pela realização do concurso Miss Universo no Brasil.
Pelo montante investido pelo grupo na Itaipava São Paulo Indy 300 Nestlé, percebe-se que o retorno dobrado já era esperado. A agência Enter tem um orçamento de R$ 100 milhões para todo o ano, com R$ 60 milhões para a corrida em São Paulo. O valor representa exatamente o dobro do que foi investido pela Bandeirantes em 2011, quando o evento também contou com o aporte de R$ 20 milhões da prefeitura. Neste ano, a cidade investiu R$ 5 milhões a menos.
Para a corrida de 2011, o grupo Bandeirantes conseguiu vender todas as suas propriedades de mídia e todos os patrocinadores e camarotes para a prova. A empresa conseguiu suporte até de naming right da etapa em São Paulo. Precisamente, a Itaipava e a Nestlé, que compraram o direito de colocar suas marcas no nome do evento, algo extremamente respeitado pelos veículos do grupo, entre rádios, TVs e impressos.
No sábado de treinos, o vice-presidente de novos negócios da Bandeirantes, Paulo Saad, gozava do estágio que a empresa conseguiu desenvolver neste ano com a Fórmula Indy. Em um dos camarotes montados no Anhembi, o executivo falou com a Máquina do Esporte. “O evento está espetacular. Neste ano tivemos mais tempo de organização, e isso fez bastante diferença. A tendência para os próximos anos é o negócio avançar ainda mais”, afirmou.