Barcelona deve romper com a Qatar Aiways

O cenário político do Barcelona aponta para o fim da parceria com a Qatar Airways. Dos sete pré-candidatos às eleições do clube, apenas o ex-presidente interino Josep Maria Bartomeu, se declarou favorável à manutenção do contrato. A principal alegação dos demais concorrentes é de que o clube tem prestígio suficiente para conseguir outro patrocinador com maior aceitação social.

A Qatar Airways se associou ao clube na gestão de Sandro Rossell, que renunciou após o caso Neymar, em um contrato superior a € 30 milhões anuais, com vigência até 2016. Apesar do valor, o patrocínio nunca foi bem quisto pelos torcedores por promover um país que sofreu denúncias de ONGs de direitos humanos contra as precárias condições de trabalho dos operários que se dedicam às obras da Copa do Mundo de 2022.

O Qatar também é alvo das investigações sobre possível compra de votos para a eleição da Fifa para sede do Mundial, além de ligações com o terrorismo.

As eleições marcadas para o dia 18 de julho devem encerrar a parceria, mesmo com o pré-contrato assinado por Bartomeu no início deste mês, que elevariam os ingressos anuais para cerca de € 60 milhões. O motivo da estratégia é que o novo presidente terá muito pouco tempo para fechar um acordo de patrocínio antes da assembleia dos sócios, em setembro.

Neste momento, é necessário já ter um contrato firmado para que a Nike tenha tempo hábil de produção das novas camisas com um ano de antecipação. O novo presidente tomará posse no final de julho.

O pré-contrato assinado com a empresa aérea não obriga o novo presidente a confirmar a renovação do patrocínio, que seria válido a partir de 2016-2017. Existe uma cláusula no contrato na qual o Barcelona ficaria liberado do compromisso com a Qatar Airways caso o novo presidente consiga um patrocínio melhor ou simplesmente não o ache oportuno.

O novo contrato aproximaria os ganhos do Barcelona dos obtidos pelo Manchester United com a Chevrolet. Pelo direito de estampar seu logotipo na camisa dos Diabos Vermelhos, a montadora dos EUA desembolsa cerca de € 60 milhões por ano.

Sair da versão mobile