Em ano olímpico, o basquete volta ao centro das atenções da Nike. Essa tem sido a tônica da empresa, que, assim como outras fabricantes, apresenta mundialmente inovações para o mercado esportivo meses antes do início dos Jogos Olímpicos.
Desta vez, nos Estados Unidos, o foco não poderia deixar de ser o basquete, um dos esportes mais populares do país. A grande aposta para os próximos anos é o tênis Hyperdunk, que, associado ao sistema Nike+, consegue ser capaz de escanear os movimentos dos jogadores e identificar, além de dist”ncia e velocidade, a altura do salto do atleta.
O produto é considerado o novo ponto de revolução da Nike dentro do mercado esportivo, como afirma Mike Parker, CEO da empresa.
“Uma vez, há alguns anos, estava num avião desenhando alguns tênis, e uma senhora me perguntou o que mais seria possível criar de novo e diferente. Posso dizer que nunca estive tão empolgado com o que é possível fazer em termos de design e inovação como agora”.
Novamente fruto da parceria com a Apple, o Hyperdunk tem quatro sensores na palmilha do calçado que analisam os movimentos do atleta e repassa as informações para o telefone celular. A partir disso, a pessoa pode compartilhar as informações com seus seguidores em redes sociais e também no site Nike Plus. O sistema de funcionamento é o mesmo que já existe para o mercado de corrida de rua.
Além do Hyperdunk, outra aposta da empresa é no time americano de basquete, candidato a medalha de ouro no masculino e no feminino. A Nike lançou uma jaqueta comemorativa dos 20 anos da formação do Dream Team, o time masculino que assombrou os Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992.
O apelo pelo basquete também é reforçado pelos demais times patrocinados pela Nike durante os Jogos Olímpicos. Além dos EUA, China, Rússia e Brasil, entre outros, vestirão uniformes da empresa, o que deve contribuir para o aumento das vendas da categoria.
Apesar de não revelar os números individuais de vendas, o mercado de basquete é um dos principais da companhia, especialmente pelo apelo dentro dos Estados Unidos. Apenas a marca de Michael Jordan, que tem uma linha de produtos exclusiva, vende mais de US$ 2 bilhões ao ano. O valor é maior do que todas as vendas de futebol da Nike globalmente (cerca de US$ 1,5 bi). Com o novo tênis, a expectativa é de aumentar ainda mais o faturamento no segmento.
* O repórter viaja a convite da Nike