BMW anuncia retirada da Fórmula 1

A BMW surpreendeu o mundo do automobilismo ao anunciar nesta quarta-feira que irá se retirar da Fórmula 1 no fim da temporada de 2009. Em comunicado oficial, a montadora disse que pretende se dedicar a projetos no campo da sustentabilidade e reiterou sua permanência em outras categorias. “O Grupo BMW não vai continuar sua campanha na Fórmula 1 após o fim da temporada 2009. Os recursos liberados como resultado serão dedicados ao desenvolvimento de novas tecnologias e projetos no campo da sustentabilidade. A BMW continuará ativamente envolvida em outros campeonatos de automobilismo”, diz a nota da empresa. A decisão acontece em plena negociação para a assinatura de um novo Pacto de Concórdia, documento que regulamenta as ações comerciais da categoria, e após a crise entre a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e a Associação das Equipes da F-1 (Fota) relacionada à redução de custos para 2010. As discussões quase terminaram com a criação de um campeonato paralelo de oito escuderias ?dissidentes?. “Claro que foi uma decisão difícil para nós. Mas esse é um passo firme na visão da estratégia da nossa equipe”, disse Norbert Reithofer, presidente do conselho de administração da empresa, A equipe BMW-Sauber foi formada em 2005. Antes disso, a montadora apenas fornecia motores à ex-campeã Williams. A primeira vitória aconteceu no ano passado, no Canadá, com o polonês Robert Kubica, que chegou a brigar pelo título mundial. Este ano, no entanto, a escuderia soma apenas oito pontos em dez corridas e ocupa a oitava colocação no campeonato. “Precisamos de apenas três anos para nos estabelecermos como uma equipe de ponta… infelizmente, não conseguimos cumprir as expectativas na atual temporada”, disse Klaus Draeger, membro do conselho. Com a saída da BMW, apenas quatro montadoras permanecerão na categoria na próxima temporada: Fiat (Ferrari), Mercedes (McLaren), Renault e Toyota. Três novas equipes devem ingressar na F-1 no ano que vem. No fim do ano passado, a Honda também se despediu da F-1 em função da crise financeira global.

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