Bolt se consagra como o nome do Rio e dos negócios

Usain Bolt após a vitória nos 200 m na quinta-feira

Eram 17h30 e a fila já se formava no Estádio Olímpico do Rio. Pessoas de todo o mundo, ansiosas, passavam pela porta de entrada do local e, ao verem uma bandeira jamaicana, soltavam o grito: “Go, Bolt”. Um grupo de holandeses usava, além do uniforme laranja, o inflável que reproduz o gesto característico do jamaicano Usain Bolt.

A vitória nos 200m que consagrou o segundo tricampeonato olímpico de Bolt mostrou bem como o jamaicano correspondeu a duas expectativas pré-Jogos: ser o nome do Rio 2016 e ser um fenômeno também nos negócios.

Sua força como garoto-propaganda é tão firme que, atualmente, ele fatura tanto quanto Cristiano Ronaldo e Lionel Messi com patrocinadores: cerca de US$ 30 milhões por ano. Esse é só mais um número que mostra como o jamaicano revolucionou a história do atletismo. 

Nas pistas, Bolt já confirmou o ouro nas duas provas em que defendia o título. É o único tricampeão olímpico de 100m e 200m, as provas mais rápidas do mundo. Nesta noite, deve adicionar a terceira conquista olímpica no Rio, nos 4x100m.

Fora delas, o jamaicano justifica todo o investimento feito por marcas como Nissan, Puma, Gatorade, Hublot e Virgin, só para citar as que apostaram tudo em seu rosto pré-Rio.

“Podemos dizer que ele atendeu a todas as expectativas que tínhamos para o mercado do Brasil”, diz Fábio Kadow, diretor de marketing da Puma no país.

Todo o estoque que a marca tinha da linha UB, de roupa casual, acabou. A empresa não tem mais nenhum produto referente a ele para vender para as lojas.

Quem também celebra Bolt é a Nissan. A marca decidiu criar o “Bolt Day”. No dia 21, quando acabam os Jogos do Rio, ele chega aos 30 anos de idade.

A ideia da ação é usar a idolatria das pessoas por Bolt para reforçar os conceitos da marca. A julgar pelo que vibrou o Estádio Olímpico na noite de ontem, o engajamento será total.

Bolt foi o responsável por levar 60 mil pessoas ao Engenhão ontem. Os itens em verde, amarelo e preto se espalhavam pelo estádio. O torcedor que fosse jamaicano era fatalmente abordado para fotos. Por qualquer pessoa, de qualquer nacionalidade.

Sair da versão mobile