A diretoria do Botafogo vai acionar judicialmente a prefeitura do Rio de Janeiro por causa dos prejuízos causados ao clube pela interdição do Stadium Rio, popularmente conhecido como Engenhão. Construído para os Jogos Pan-Americanos de 2007 e arrendado pela equipe alvinegra, o equipamento está fechado desde março.
O presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, já havia dado uma entrevista coletiva para falar sobre os prejuízos causados pela interdição. Na época, ele estimou que o fechamento do estádio custaria ao menos R$ 30 milhões por ano aos cofres do clube.
Construído com dinheiro público, o Engenhão custou cerca de R$ 376 milhões. O Botafogo arrendou o espaço até 2027, mas a arena foi fechada por problemas estruturais.
Os danos que motivaram o fechamento acometeram os arcos leste e oeste da arena. As estruturas tiveram um deslocamento 50% superior ao que havia sido previsto no projeto.
Agora, existe uma discussão sobre o que será feito para sanar os problemas estruturais do estádio. E uma polêmica maior ainda sobre quem bancará essas intervenções. Segundo o jornal “O Globo”, o Botafogo cogita até devolver o Engenhão.
“O Botafogo não tem alternativa a não ser processar a prefeitura, que é quem tem contrato com o clube. Se a prefeitura vai processar a construtora, é uma decisão que passa pelo prefeito. Se ele [prefeito] entender que a conta não é dele, outro terá que pagar. Isso é com ele. O que entendemos é que o Botafogo não pode pagar isso”, disse Assumpção ao portal “UOL”.
Ainda de acordo com o site, a prefeitura já sabe sobre a intenção do Botafogo. O governo municipal estuda uma ação judicial contra o consórcio construtor, formado por OAS e Odebrecht.