Bragantino fatura mais, mas leva menos dinheiro com Pacaembu

A justificativa para o Bragantino entregar para o Corinthians o mando de campo do primeiro jogo das quartas de final do Paulistão era financeira. Em troca de ganhar mais dinheiro, o clube abriu mão de atuar em seu estádio, em Bragança Paulista, para enfrentar na capital o adversário.

No final das contas, o fator mando de campo não foi decisivo para a questão técnica, já que o Bragantino venceu por 3 a 2 o rival paulistano. Porém o argumento de que o clube ganharia mais dinheiro atuando para um público maior em São Paulo caiu por terra.

Com pouco mais de 15 mil torcedores presentes, o jogo no Pacaembu gerou R$ 607.694,00 de arrecadação bruta. O valor de fato foi o maior do Bragantino neste Paulistão. Antes, a maior receita havia sido na derrota para o Palmeiras, no estádio Nabi Abi Chedid, quando 7.775 torcedores haviam gerado R$ 420.135,00 de arrecadação.

O problema é que, por conta das taxas administrativas mais caras, como aluguel de estádio, engenharia de trânsito, segurança, etc., a conta cobrada pelo Pacaembu para o Bragantino mandar a partida foi mais salgada. 

No final das contas, a partida rendeu um lucro de R$ 224.509,48 aos cofres do Bragantino, valor que foi inferior ao que o clube havia obtido na partida contra o Palmeiras (R$ 330.060,62). 

Conforme a Máquina do Esporte já havia calculado na semana passada, ao mandar o jogo para o Pacaembu, o Bragantino precisaria colocar pelo menos 20 mil torcedores para ganhar mais do que na partida contra o Palmeiras. 

Além do custo de aluguel do estádio (a prefeitura paulistana abocanhou R$ 73 mil do clube apenas para abrir as portas do Pacaembu), outras despesas com a partida em São Paulo são muito maiores. Outro fator que encareceu o uso do Pacaembu foi o do aluguel de geradores para impedir que falte energia no estádio (R$ 37,5 mil foram investidos pelo Bragantino só com esse item).

No final das contas, a justificativa de que o clube ganharia mais dinheiro não valeu. O Bragantino ficou com a vitória dentro de campo. Mas, fora dele, o clube deixou de arrecadar, pelo menos R$ 100 mil a mais se tivesse jogado em sua cidade.

 

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