Brasil não é prioridade em nova configuração de Nike

Painéis da Nike em loja em Nova York

Após anunciar um plano de reestruturação de negócios, a Nike divulgou quais serão as 12 cidades prioritárias para a organização nos próximos anos. Nova York, Londres, Barcelona, Xangai, Pequim, Los Angeles, Tóquio, Paris, Berlim, Cidade do México, Seul e Milão.

Depois de ser o centro das atenções do esporte mundial por conta da realização dos megaeventos esportivos no país (Copa 2014 e Olimpíada 2016), o Brasil deixou de ser prioridade para a marca. Nenhuma cidade brasileira foi contemplada no novo plano de gestão da companhia.

Com a reconfiguração dos negócios, a gigante de material esportivo anunciou também a dispensa de 2% de seus funcionários, o que representa cerca de 1.400 demissões em todo o mundo.

“O futuro do esporte será decidido por aquelas empresas que se preocupem com as necessidades do consumidor em evolução”, afirmou Mark Parker, presidente da Nike.

Para o executivo, as 12 cidades, divididas em dez países, irão representar mais de 80% do crescimento da empresa até 2020.

A marca lançou o plano “Consumer Direct Offense”, que visa, segundo Parker, “voltarmos ainda mais agressivos ao mercado digital, priorizando mercados chave e entregando os produtos mais rápidos do que nunca”.

O desafio da empresa será acelerar o lançamento de novos produtos. Por conta disso, a Nike decidiu reduzir pela metade o ciclo de criação de novos artigos. Esse sistema de trabalho, já em operação na Europa e nos Estados Unidos, será instituído também na China. Para isso, foi reduzida em 25% a variedade de produtos, centrando investimentos em categorias chave.

Pela nova divisão, os negócios serão divididos em regiões. A América do Norte será liderada por Tom Peddie; Europa, Oriente Médio e África ficará sob a responsabilidade de Bert Hoyt. A China terá Angela Dong no comando. Já a Ásia e América Latina será dirigida por Ann Hebert.

“Essa nova organização integrada dedicará maiores recursos às categorias com maior potencial para impulsionar o crescimento: running, basquete, Nike Sportswear, treinamento para homens e mulheres, futebol e jovens atletas”, afirmou a empresa.

 Em seu último relatório, a Nike apontou um lucro de US$ 1,14 bilhão no terceiro trimestre fiscal de 2017, valor 20% superior em relação ao mesmo período do ano anterior. Em 2016, a empresa teve, globalmente, um faturamento de US$ 32,3 bilhões. O grande objetivo da empresa é chegar a US$ 50 bilhões em venda até 2020, em meta estabelecida ainda em 2015. Para isso, conta com o crescimento do mercado chinês, em especial.

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