A Copa do Mundo de 2010 ainda está na primeira fase. Além disso, existe um embargo da Fifa contra qualquer campanha relacionada à edição seguinte do torneio enquanto a atual estiver em curso. Entretanto, é impossível não notar o quanto o Brasil transformou a África do Sul em vitrine. A lista de setores que a sede do Mundial de 2014 trabalha em território africano é extensa e engloba segmentos tão distantes como frigoríficos e produtores de softwares.
As iniciativas de “venda” do Brasil na África do Sul estão concentradas na Casa Brasil, empreendimento montado em Johanesburgo pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) em parceria com governos locais e ministérios como Esporte e Turismo. A montagem do espaço consumiu R$ 10 milhões.
Além de estantes que apresentam pontos turísticos e ingredientes da cultura brasileira, a Casa Brasil sediará encontros de negócios envolvendo empresários brasileiros. Nesta semana, por exemplo, haverá uma degustação de carne brasileira – recentemente, o país fez um acordo de exportação desse produto para a África do Sul.
“Temos dois dos três maiores frigoríficos do mundo [JBS-Friboi e Marfrig] e uma qualidade incrível de produto. Essa é uma oportunidade para mostrar isso ao público da África do Sul e aos turistas da Copa”, contou Maurício Borges, vice-presidente da Apex.
Também está agendada para a Casa Brasil uma demonstração de softwares brasileiros a um grupo de empresários sul-africanos. A principal meta do país sul-americano é vender sua experiência em produtos para bancos e segurança.
A Casa Brasil, contudo, não encerra a estratégia de promoção do Brasil na África do Sul. Há comerciais nos jornais locais incentivando o turista a conhecer a sede da próxima Copa do Mundo, por exemplo.
Também existe o “Botequim do Rio”, espaço montado por autoridades do Rio de Janeiro em Johanesburgo. A ideia do lugar é apresentar a cultura local e usar isso como chamariz para incentivar o turismo.
“É importante usar a Copa do Mundo para mostrar um pouco mais sobre a cultura do Brasil. O que nós tentamos aqui é reproduzir um pouco do estilo carioca de ser, que é algo muito próprio. Esperamos que isso incentive as pessoas a conhecerem mais”, disse Márcia Lins, presidente da Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro (Suderj).