Briga por aporte desfalca Brasil na Davis

Uma discussão sobre o repasse do patrocínio dos Correios aos atletas tirou o tenista Marcos Daniel, 30 anos, da equipe brasileira que enfrentará a Colômbia pela Copa Davis. Atual número 2 do país, o gaúcho se recusou a usar uniformes com a marca e por isso não foi convocado. Toda a confusão começou no início deste ano, quando a Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) decidiu reformular a pontuação para seu ranking de atletas. As mudanças jogaram Marcos Daniel do 87º para o 102º posto do mundo e reduziram o aporte dos Correios a ele ? a empresa patrocina os dez mais bem classificados do país e possui duas categorias: paga R$ 20 mil para tenistas que estiverem entre os cem melhores de simples ou no top 50 de duplas, mas diminui para R$ 12 mil para quem não integra esse grupo. Insatisfeito, Marcos Daniel interpelou a Confederação Brasileira de Tênis (CBT) e pediu que o valor de seu patrocínio fosse igualado ao de Thomaz Bellucci, melhor do país e único brasileiro no top 100 mundial. Diante da negativa da CBT, Daniel buscou um patrocinador próprio e queria estampar essa marca nas mangas de suas camisas durante os jogos da Davis. O problema é que esse espaço já estava comprometido com os Correios, e a entidade exigiu que o tenista usasse sua marca. A CBT trabalha com três espaços publicitários nas mangas das camisas dos atletas para jogos da Davis e até permite que os tenistas negociem dois deles. Daniel, contudo, pretendia vender a totalidade do braço de seu uniforme, sem considerar a marca dos Correios.

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