Budweiser “copia” Guaraná Antarctica no futebol feminino dos EUA

Se você está acostumado a ver algo relacionado ao esporte nos EUA sendo copiado no Brasil, vai perceber que, às vezes, o contrário também acontece. Quem não se lembra de ter lido na Máquina do Esporte sobre a campanha lançada pelo Guaraná Antarctica em prol do futebol feminino por aqui? Pois é, a ideia está sendo replicada de forma parecida nos EUA, mas com a Budweiser, outra marca do portfólio da AB InBev.

O mês era maio, pouco antes do início da Copa do Mundo de Futebol Feminino. À ocasião, o Guaraná Antarctica lançou uma campanha como uma espécie de provocação às outras marcas, convocando todas elas para um movimento de apoio ao futebol feminino no país. A campanha, que contou com a atacante Cristiane, a meia Andressinha e a lateral-direita Fabi Simões, foi a primeira peça publicitária produzida na história em que apenas jogadoras do time brasileiro foram retratadas.

As três atletas fizeram um ensaio fotográfico simulando a participação em propagandas de diversos segmentos, como beleza, produtos esportivos, cartão de crédito, entre outros. Essas imagens, então, foram negociadas com mais de 15 marcas, e o valor arrecadado foi dividido entre as jogadoras e o Joga Miga, iniciativa que incentiva meninas a jogarem futebol no Brasil.

Agora, algo bem parecido com a ideia foi transportada para os EUA. A Budweiser fechou com a NWSL (Liga de Futebol Feminino dos EUA) no último mês de julho e chegou à conclusão de que precisa de outras marcas patrocinadoras para apoiarem a modalidade.

A nova campanha, batizada de “Futuro Oficial”, apresenta anúncios destacando as categorias de patrocínio da NWSL que ainda estão disponíveis para as empresas, como relógio oficial, óculos oficial, restaurante oficial e desodorante oficial da liga. Um site especial foi lançado e permite que os fãs comprometam-se a oferecer suporte em nove categorias diferentes para os “futuros patrocinadores” da liga.

A campanha, protagonizada pela nova estrela do futebol no país, a capitã da seleção Megan Rapinoe, ainda incentiva os apoiadores a segmentar marcas específicas, marcando-as nas mídias sociais.

Fotos: Reprodução / Site (thefutureofficialsponsor.com)

A ideia vem à tona no momento em que a NWSL aproveita o aumento da popularidade do futebol feminino após a conquista do título da Copa do Mundo realizada na França. A liga quebrou vários recordes de público e audiência nos meses após o torneio, e também garantiu cobertura local e internacional por meio de um contrato com a ESPN.

“Quando a seleção americana retornou da França, o próximo passo foi garantir que os fãs continuassem apoiando o futebol feminino durante todo o ano. E eles responderam ao nosso grito de guerra apoiando a NWSL com participação recorde nos estádios e nas casas. Agora, com a campanha, recorremos a outras marcas e queremos incentivá-las a apoiar a liga como fãs apaixonados”, explicou Monica Rustgi, vice-presidente de marketing da Budweiser, em entrevista à revista Forbes.

LEIA MAIS: Octagon quer acordo longo de mídia para futebol feminino nos EUA

LEIA MAIS: Liga de futebol feminino dos EUA terá Louisville em 2021

Atualmente, a NWSL conta com outros quatro patrocinadores, além da Budweiser: Nike (fabricante esportiva), Thorne (saúde e tecnologia), Lifetime (canal de televisão) e Cutter (repelente de insetos). Para se ter uma ideia da diferença, a Major League Soccer (MLS), versão masculina da NWSL, possui 24 patrocinadores, entre eles Adidas, At&T, Audi, Coca-Cola, Continental, EA Sports, Etihad Airways, Heineken, Johnson&Johnson e TAG Heuer.

Sair da versão mobile