O patrocínio da Loteria Mineira aos três clubes de Minas Gerais que integram a primeira divisão do Campeonato Brasileiro, maneira encontrada pelo governo mineiro para compensar as equipes pelo fechamento do estádio Mineirão para reforma, ainda não saiu do papel. O aporte de R$ 9,9 milhões está emperrado por questões burocráticas.
No Cruzeiro, alega-se que a documentação necessária já foi entregue aos responsáveis, mas que os outros dois clubes ainda não fizeram o mesmo. Atlético-MG e América-MG não comentaram a versão dada pela cúpula cruzeirense. A expectativa era que a marca fosse inserida nos uniformes ainda em outubro, mas ainda não há conclusões.
“A questão é burocrática. Há promessa do governo do Estado, e nós estamos aguardando pela tramitação. Só não sabemos como irá sair, mas já está tudo acertado entre os três clubes e o governador. Não tem erro”, afirma Olímpio Naves, membro do conselho que administra o América-MG, confiante de que não haverá problemas nesse caso.
Os planos do Estado mineiro eram repassar 11 parcelas de R$ 900 mil para Atlético-MG e Cruzeiro, enquanto o terceiro clube receberia verba um pouco inferior, não revelada. A sete jogos do fim do Campeonato Brasileiro, ninguém sabe dizer quando a Loteria Mineira irá de fato entrar nos uniformes dos três rivais, junto com o dinheiro.
Desde que o Mineirão foi fechado para reformas, com a intenção de ser usado para sediar partidas da Copa do Mundo de 2014, os três rivais mineiros têm sofrido com a redução nas receitas. Mesmo depois de tentar jogar na Arena do Jacaré, no Ipatingão e no Parque do Sabiá, nenhum desses estádios se mostrou suficientemente lucrativo.
O plano inicial era que o estádio Independência, de posse do América-MG, fosse utilizado pelos três times durante o período de afastamento do Mineirão. Mas as obras na arena mineira, realizadas pelo governo estadual, atrasaram, e a previsão de abertura do local para receber jogos é somente para o primeiro semestre de 2012.