Anunciado nesta semana, o contrato entre a Caixa Econômica Federal e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) tem uma modelagem curiosa. A despeito de a empresa ter fechado parcerias com as confederações que formam a entidade, a instituição é quem vai ficar com a receita.
O negócio abrange 13 modalidades de verão. A Caixa, que já investia no esporte paralímpico desde 2004, patrocinava atletismo, natação, esgrima, halterofilismo e tiro esportivo até o fim do ano passado. A companhia desembolsará R$ 120 milhões pelas quatro temporadas que formam o novo acordo.
O novo contrato fará da Caixa a patrocinadora máster das 13 modalidades. No total, o CPB compreende 22 esportes de verão.
“A associação da Caixa não é com o Comitê Paralímpico Brasileiro, mas com cada uma das modalidades. Então, a empresa tem contrapartidas como direito de uso da imagem, participação de atletas em programas da empresa, ativações e uma série de obrigações”, explicou Andrew Parsons, presidente do CPB, em entrevista exclusiva à Máquina do Esporte.
O curioso é que, apesar de a Caixa ter direito de explorar individualmente as modalidades, o dinheiro será gerido pelo CPB.
“A gente não repassa, mas efetua despesas diretamente em nome das confederações. A gente tem um planejamento estratégico negociado entre as duas partes, e vai executando as despesas de acordo com isso”, completou Parsons.
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